Nos próximos dias os produtores de cacau de Linhares vão definir quais as quantidades de mudas e hastes de cacau necessárias para fazer a recuperação de suas lavouras. O objetivo do levantamento é fazer um documento que será encaminhado para a Biofábrica da Bahia que hoje dispõe de mudas e hastes para serem comercializadas para os cacauicultores capixabas.
A decisão foi tomada ontem, dia 6, em reunião do Comitê Estadual de Política Cacaueira que coordena o plano de recuperação da lavoura cacaueira do Estado. Da reunião participaram representantes dos produtores, Ceplac, governo do Estado e o diretor presidente da Biofábrica, Moacir Smith Lima.
O plano prevê uma série de ações que serão realizadas em curto, médio e longo prazo. É uma realização conjunta da gerência regional da Ceplac/ES, governo do Estado através da Secretaria da Agricultura, Incaper e Idaf, Prefeitura de Linhares e Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), além de instituições do sistema financeiro como Bandes, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Sicoob.
“Entre as ações previstas no plano está a aquisição de mudas e hastes por parte dos produtores para promover a renovação das lavouras. Esta aquisição passa pela assinatura de um convênio com a Biofábrica que pode dispor de mudas para os produtores capixabas”, disse o gerente geral da Ceplac/ES, Paulo Roberto Siqueira.
Segundo o diretor presidente da Biofábrica, hoje é possível disponibilizar 103 mil mudas por mês de 12 diferentes variedades. A empresa também conta com 10 mil hastes por mês para vender para os cacauicultores do Espírito Santo. Ele ressalta que todo o material é certificado pela Ceplac e é altamente produtivo e resistente a vassoura-de-bruxa.
“Todos os produtores devem se preocupar em fazer sua roça com material próprio. Da parte da Ceplac temos a estrutura montada para manter aqui o material vindo da Biofábrica por uns 20 dias”, disse o diretor geral da Ceplac, Gustavo Moura. Ele ressaltou que todos os materiais disponíveis na Biofábrica são recomendáveis para serem usados no combate à vassoura-de-bruxa.
De acordo com o presidente da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), Emir Macedo Gomes Filho, é preciso que cada produtor apresente o levantamento de quais e quantas mudas ou hastes que precisa para que a Biofábrica elabore um cronograma em que poderá disponibilizar do material. Para garantir o fornecimento das mudas, a Acal vai assinar um convênio com a Biofábrica.
Conscientização
O assessor técnico da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), Ricardo Santo, aproveitou a reunião para informar que no início de novembro vai ser lançada a campanha de sensibilização e conscientização dos produtores para o controle da vassoura-de-bruxa. A coordenação da campanha é da Seag/Incaper.
Em paralelo a campanha de conscientização, o plano prevê também que seja disponibilizada maior assistência técnica aos produtores para que eles possam realizar as ações necessárias para combater a vassoura-de-bruxa em suas propriedades.
O comitê estuda também uma forma legal para viabilizar punições contra os produtores que não cuidam das lavouras combatendo a praga e deixando com que ela se prolifere para outras propriedades.
Assessoria de Comunicação da Ceplac