Banestes prorroga dívidas de crédito rural

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Mais uma instituição bancária deve anunciar medidas para renegociação de dívidas dos agricultores capixabas, que estão sofrendo as consequências da estiagem no Espírito Santo. O Banestes também resolveu prorrogar as parcelas de crédito rural que vencem até o fim deste ano, para todas as culturas e criações, nas modalidades de custeio e investimento, para todos os municípios do estado.

 

Durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, realizada na última segunda-feira (19), que tratou sobre o tema, o deputado federal Evair de Melo (PV/ES) reforçou o pedido para que outras instituições, assim como fez o Banco do Brasil, prorrogassem as dívidas dos produtores.

“O Banestes é mais uma instituição financeira que se une a nossa luta ao lado da Secretaria de Estado da Agricultura, para amenizar a crise que passa o setor rural capixaba em decorrência da forte estiagem. O banco inova e avança ao estender a prorrogação para todo o território capixaba e para todas as culturas e criações que foram financiadas, medidas que precisam ser adotadas por todas as instituições que operam o crédito rural no Espírito Santo”, pontua Evair.

Tanto nas operações de custeio quanto nas de investimento, basta quitar 20% do valor da parcela a vencer. Os 80% restantes poderão ser amortizados em até quatro anos, a partir de 2016, na modalidade custeio. Para contratos de investimento, o restante será diluído nas próximas parcelas a partir de 2016 e será acrescido mais um ano no contrato. A informação é de que os agricultores têm até o dia 30 de novembro para procurarem as agências onde contrataram as operações de crédito rural para terem acesso a prorrogação.

 

Inadimplência

O Espírito Santo sempre teve uma das menores taxas de inadimplência do país em relação ao crédito rural, mesmo nos diversos períodos de crises decorrentes de anomalias climáticas ou até mesmo de preços de produtos agrícolas importantes aquém dos custos de produção. Contudo, com a seca se estendendo por tanto tempo, a perda de renda dos produtores já é nítida e pode ser aferida pelo indicador de inadimplência, que está num dos níveis mais elevados que se tem conhecimento.

Na linha Pronaf, direcionada para o público da agricultura familiar, a inadimplência saltou de uma média histórica abaixo de 2% para quase 4%. Em algumas agências, há informações que a inadimplência chega a 14% para alguns públicos da agricultura familiar. No caso das demais linhas, para outros públicos beneficiários (médios e grandes produtores e empresários rurais), o índice também pode até triplicar, quando é aferido com 15 dias de vencido, ou ficar 64% acima da média histórica, quando se considera o prazo de 90 dias após o vencimento sem quitação do débito.

No momento, estima-se em R$ 6,5 bilhões o montante de toda a carteira aplicada em crédito rural no Espírito Santo, com cerca de 170 mil contratos. O valor das parcelas a quitar ao longo do ano de 2015 é estimado em R$ 1,8 bilhão.

 

 

Campo Vivo com informações de assessoria

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