Abate de bovinos cresce 6% no primeiro semestre

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O Brasil abateu 15,5 milhões de bovinos no primeiro semestre deste ano, registrando aumento de 6,08% no número de abates em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Do total de animais abatidos no semestre, 46,45% eram bois. Segundo análise do zootecnista André Camargo, da Agripoint Consultoria, o volume de machos enviados aos frigoríficos cresceu 4,55% (446 mil animais), quando comparado ao mesmo período do ano passado. O número de fêmeas abatidas foi de 5.880.873, o que corresponde a 37,92% dos abates no período. Em relação ao primeiro semestre de 2006, houve um aumento de 0,8% no número de vacas abatidas.

Insumos:
Mesmo com o aumento do número de abates, houve valorização da arroba do boi no semestre. A melhora dos preços – que significou apenas recuperação – provocou, entretanto, aumento generalizado nos insumos pecuários, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A pesquisa revela aumento de 7,59% do custo operacional total (COT), no acumulado do ano. O índice é o maior já registrado para um período tão pequeno.

As sementes forrageiras valorizaram, na média dos dez estados pesquisados, 3,87% em julho, se comparadas ao mês anterior. Em Goiás, o aumento foi de 6,3%. No Mato Grosso do Sul, os preços das sementes chegaram a ser reajustados em 18,9%.

Os adubos e corretivos tiveram alta de 1,57% em junho. Os suplementos minerais tiveram preços reajustados em 1,58% na média. Os maiores aumentos da suplementação ocorreram nos estados do Mato Grosso e de São Paulo, chegando a 5,25% e 4,9%, respectivamente. O preço do insumo é puxado também pela alta demanda do período seco, mas os analistas destacam que o comportamento de alta veio de meses anteriores.

Também a reposição dos rebanhos está mais cara, apesar de o ritmo de alta do bezerro ter sido freado em algumas regiões. Em Goiás, no Mato Grosso do Sul e no Paraná, entretanto, houve novas altas em julho. Em Goiás, os bezerros desmamados custaram 2,26% a mais.


 


 


 


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