95% do suco concentrado produzido no País é exportado

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Um país tropical, onde se plantando tudo dá. A abundância de alimentos produzida aqui aliada à uma alimentação caseira contribuem para que os sucos industrilizados, principalmente, os congelados não façam parte da mesa da grande maioria dos brasileiros. Segundo estimativas de órgãos de pesquisa, somente cerca de 5% do suco produzido no País fica no mercado interno. O restante da produção tem os destinos mais variados: Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia.


 


“O suco concentrado congelado não faz parte do hábito de consumo dos brasileiros, que estão acostumados a produtos mais frescos. Além disso, os sucos “pronto para beber” não são baratos para a maioria das pessoas”, avalia Paulo Andrade, agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Estimativas indicam que cada brasileiro consome anualmente entre dois e três litros de “”drinks””, entre néctares, sucos prontos, bebidas a base de soja e águas saborizadas.


Em países onde o hábito da população está consolidado, na Europa e nos Estados Unidos por exemplo, esse mesmo consumo de “”drinks”” ultrapassa – com folga – os 45 litros por ano. Na avaliação da pesquisadora do Cepea Margarete Boteon, o consumo de sucos prontos de laranja tem aumentando no mercado doméstico, embora não seja 100% sucos, mas néctares (cuja composição não precisa ter 100% de suco).


As indústrias paranaenses têm projetos de aumentar a produção, mas para direcionar ao mercado externo. A Cocamar, por exemplo, que tem a maior indústria estadual de suco tem planos de dobrar a produção nos próximos quatro ou cinco anos. Atualmente, a capacidade de esmagamento de laranja é de 3,5 milhões de caixas. “”Vai depender do fomento aos agricultores. As primeiras colheitas ocorrem em três, quatro anos””, informa Márcia Santin, gerente comercial de Frutas e Sucos Concentrados da Cocamar.


Embora os preços de suco concentrado no exterior tenham sido reajustados durante este ano, desde setembro o mercado está em ritmo lento de comercialização. Os preços estão instáveis – entre US$ 1,8 mil a US$ 2,1 mil a tonelada -, enquanto antes disso, as negociações estavam entre US$ 2,3 mil a US$ 2,4 mil a tonelada. Em 2006, os preços variaram de US$ 1,5 mil a US$ 1,8 mil a tonelada. Esta elevação na cotação foi influenciada pelos furacões que atingiram a Flórida em 2004 e que danificou os laranjais.


 


Folha de Londrina

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