A transição, que se estenderá até 2033, promete simplificar o sistema
A reforma tributária está a caminho e trará impactos para o setor agropecuário. A partir de 2026, os tributos atuais como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS serão gradualmente substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). A transição, que se estenderá até 2033, promete simplificar o sistema, mas também levanta preocupações sobre o aumento da carga tributária para o produtor.
Historicamente, a tributação sobre o consumo não era a maior preocupação do produtor rural, que se beneficiava de isenções e incentivos fiscais. Com a reforma, esse cenário muda: os produtores serão contribuintes diretos do IBS e CBS, embora aqueles com receita bruta inferior a R$ 3,6 milhões anuais possam optar pela isenção.
A alíquota padrão do novo sistema tributário será de aproximadamente 28%, com um teto de 26,5%. No entanto, alguns itens essenciais terão tributação reduzida: insumos agropecuários e alimentos in natura contarão com uma redução de 60% na alíquota, enquanto produtos da cesta básica, como carne e ovos, terão alíquota zero.