Na ocasião, produtores rurais e representantes do setor dialogaram e debateram os principais desafios e oportunidades
Dando continuidade às ações do Pedeag 4, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), realizou, nesta quinta-feira (13), mais uma oficina para a colaboração no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4). Desta vez, foi abordado o cenário atual e futuro da cadeia produtiva da pimenta-do-reino – cultivo em que o Espírito Santo é o maior produtor e exportador do Brasil. Na ocasião, produtores rurais e representantes do setor dialogaram e debateram os principais desafios e oportunidades.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 11.725 estabelecimentos rurais com produção de pimenta-do-reino no Espírito Santo. Desses, 76% são da agricultura familiar. A produção está concentrada nas regiões litoral norte e noroeste do Estado.
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“Trata-se de uma importante cultura e um dos condimentos mais valorizados do mundo. O Espírito Santo é o maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil, com mais do dobro da produção em relação ao segundo colocado. Em 2021, produzimos 72.084 toneladas do produto, o que representa 61% da produção nacional. Identificar as forças, as oportunidades e trabalhar para o avanço na produção dessa cadeia produtiva é oportunizar a geração de emprego e renda e o desenvolvimento sustentável das famílias do campo”, pontuou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
No evento, o especialista da cadeia e palestrante, engenheiro agrônomo do Incaper João Henrrique Trevisan, falou sobre a realidade e perspectivas da cultura. “Através da conjuntura global do mercado da pimenta do reino o consenso nosso do trabalho é direcionar rumo a melhoria de qualidade do produto. O Espírito Santo possui alta produtividade, com boas práticas de manejo da cultura. Agora visamos desenvolver a finalização do produto, a fim de melhor qualidade e mais competitividade no mercado global”, pontuou.
O Espírito Santo também é o maior exportador de pimenta-do-reino. Em 2022, exportou 51,4 toneladas, gerando um valor de US$ 181,9 milhões de dólares para o Estado. A pimenta-do-reino gera um valor bruto da produção estimado em R$ 1,2 bilhão de reais, que representa 7% de todo o valor bruto da produção agropecuária capixaba. Os municípios que mais produzem são: São Mateus: 25.200 toneladas (35%); Jaguaré: 9.430 toneladas (13%); e Vila Valério: 6.459 toneladas (9%). Outros 44 municípios também produzem pimenta-do-reino, porém, em menor escala.
Durante a oficina, os participantes foram contextualizados sobre a elaboração do Pedeag 4 e receberam informações do setor para identificar as forças, as oportunidades, a fraqueza e as ameaças da cadeia produtiva. Eles também participaram de uma dinâmica para avaliar o segmento e propor ideias.
Os encontros para a colaboração na elaboração do Pedeag 4 vão até o dia 18 de agosto. Ao todo, serão 40 encontros, entre oficinas e reuniões técnicas, abrangendo as cadeias produtivas de maior representatividade para o Estado. Os encontros técnicos contam com metodologias participativas para discutir e propor ações que serão inseridas no Pedeag 4, que ficará em vigor até 2032.
O intuito do plano é planejar ações e iniciativas que buscam alavancar o setor com políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e tecnológico da agropecuária capixaba. Também é possível participar da construção do Pedeag 4 de forma on-line, acessando aqui ou o site da Seag (seag.es.gov.br) e clicando no banner do Pedeag 4.
Pedeag
O Pedeag é um Plano de Estado e tem como objetivo ser um referencial para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária do Espírito Santo, de modo a integrar programas, projetos e ações entre os setores público, privado e não governamental.
Para o desenvolvimento do Pedeag 4 – 2023/2032, coordenado pela Seag, serão realizados seminários temáticos para a discussão com o público, visando a estabelecer as metas e as prioridades para o Governo do Estado 2023-2026, incorporando temas transversais contemporâneos, como a sustentabilidade, ESG (do inglês, sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) e a descarbonização para o Horizonte de Planejamento – 2023/2032. Será disponibilizado ainda um ambiente virtual para contribuições via internet.
A metodologia proposta para a construção do plano está dividida em três etapas: investigação de cenário, definição de estratégia e estruturação do ambiente. A previsão é de que o relatório final do Pedeag 4 seja apresentado em seis meses.
Seag