Mulheres lideram associações agrícolas no Afeganistão

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Foto: Reprodução / NYTimes

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A produção de alimentos tem sido um instrumento de maior participação feminina na vida comunitária na região de Shibar, um cinturão agrícola em uma área pobre do centro do Afeganistão. Reportagem do jornal norte-americano The New York Times revela que mulheres têm liderado associações de produtores rurais e mudado hábitos em vilarejos locais.

De acordo com a publicação, as associações receberam o reconhecimento oficial do governo em 2013. As autoridades nacionais passaram então a fornecer terras em que era possível plantar, receber assistência técnica e até utilizar sistemas de irrigação por gotejamento.

Em Iraq-ulya, por exemplo, o cultivo de alimentos, antes concentrado em batatas e trigo, passa a dividir espaço também com repolhos, couve-flor, tomates e feijão. Entrevistadas pela reportagem relatam que os produtos ficaram mais atrativos para o comércio local.

“As associações agrícolas posicionaram as mulheres de Bamian (província onde está localizado o vale de Shibar) na linha de frente de uma luta crítica: o esforço para estabelecer uma economia afegã sustentável, longe da dependência da ajuda externa”, relata a reportagem.

Em média, informa o jornal, cada associação reúne cerca de 30 mulheres. Em Shibar, são pelo menos oito grupos de agricultores. E, enquanto elas trabalham para modernizar a produção agrícola de onde elas moram, conquistam espaço e poder na vida comunitária.

Uma das associações fechou um acordo com o mercado da capital provincial de Bamian para fornecer verduras e legumes. “É um mercado muito restrito, mas um começo”, destaca a publicação.

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