Ministério premia empresas do agronegócio por boas práticas de integridade

0

Foto: Antônio Araújo/Mapa

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) premiou nesta terça-feira (10) as empresas ganhadoras do Selo Mais Integridade na edição de 2019. Criado no ano passado, o selo reconhece as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e ainda o comprometimento em inibir a fraude, suborno e corrupção.

Este ano, 16 organizações foram premiadas, sendo que dez delas receberam o selo pela segunda vez. A empresa ganhadora pode usar a marca do Selo Mais Integridade em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações. Em 2018, foram 11 ganhadoras.

A ministra destacou que cada vez mais o mercado exige um agronegócio alinhado com boas práticas de integridade.  “Ainda mais neste momento em que o Brasil está abrindo mercados no exterior. Há estudos que comprovam que as empresas de todos os setores perdem de 3% a 5% de seu faturamento com fraudes, subornos e atos de corrupção de todo gênero. Temos convicção de que o fomento às ações de integridade, como esta do Selo Mais Integridade, pode ser um diferencial para o futuro do país”, disse.

O chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa, Cláudio Torquato, destacou que o selo não deve ser visto pelas empresas como o fim da busca pela ética e boas condutas na cadeia produtiva. “O dia de agora é de extrema vigilância, pois o selo não é um cheque em branco, mas um alerta diário que as atenções precisam ser redobradas”, afirmou.

A secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), Cláudia Taya, destacou o trabalho do ministério, o primeiro a implementar um selo setorial atendendo ao Programa de Fomento à Integridade do Governo Federal. “No caso da integridade, não há concorrência. Quando os senhores [empresas]ganham, o setor ganha”, afirmou a secretária, que representou o ministro da CGU, Wagner Rosário.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), disse que o país “vive a renovação do contrato de integridade nacional”.

Um das premiadas é a Ihara Indústrias Químicas. Segundo o diretor-superintendente, José Gonçalves do Amaral, o selo é importante por ratificar valores que são trabalhados na rotina da empresa. ” Ética, integridade, responsabilidade social e sustentabilidade são parte da nossa cultura. A prática desses valores é normal dentro da empresa”, disse, acrescentando que entre as ações desenvolvidas pela indústria estão disponibilização de canais de ouvidoria e oferta de cursos de educação para agricultores.

Para o diretor-presidente da Trow Nutrition Brasil, Stefan Mihailov, o selo é um diferencial no mundo dos negócios. “Agrega bastante usar o selo e reproduzir para todo o mercado aquilo que estamos fazendo e que sirva de semente para outras empresas”, disse.

Na cerimônia, o Mapa e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) firmaram acordo para promoção do selo entre as cooperativas.

Participaram da entrega do prêmio o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes; o presidente da OCB, Márcio Lopes; e o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, que representou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.

Como funciona o Selo Mais Integridade

Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que tem programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e promover treinamentos para melhoria da cultura organizacional.

É preciso também estar em dia com as obrigações trabalhistas e não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos, não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais (nos últimos 24 meses).

A documentação dos interessados é analisada pelo Comitê Gestor do Selo, composto por representantes de instituições públicas e privadas, que concede a premiação.

Veja a lista das empresas premiadas em 2019:

Agrícola Xingu S/A

Citri Agroindustrial S/A

Mig Plus Agroindustrial Ltda

Três Corações Alimentos S/A

Trow Nutrition Brasil Nutrição Animal Ltda

Usina Monte Alegre Ltda

Adama Brasil S/A

Adecoagro Vale do Ivinhema S/A

Baldoni Produtos Naturais Comércio Indústria Ltda-ME

Compass Minerals América do Sul Indústria e Comércio S/A

Iharabras S/A Indústrias Químicas

Indústria e Comércio de Alimentos Supremo Ltda

Rio Branco Alimentos S/A

Rivelli Alimentos S/A

Trop Frutas do Brasil Ltda

Bunge Alimentos S/A

Ministério da Agricultura

Compartilhar:

Deixar um Comentário