Em entrevista coletiva na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, o vice-presidente da Frente, deputado federal Evair de Melo (PP-ES) destacou a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência e defendeu um texto que respeite o homem e a mulher do campo. Para Evair, é necessário apresentar uma proposta ao povo do campo e chamar o governo para dialogar, visto que o trabalhador rural enfrenta condições diferentes que o trabalhador urbano.
O parlamentar capixaba reiterou a importância de um estudo aprofundado para a apresentação de uma proposta justa. “O rural brasileiro traz particularidades que precisam ser consideradas. Muitos brasileiros que estão na agricultura não tiveram a oportunidade de se apropriar de conhecimentos, ciência e tecnologia, ao longo dos anos”.
Além disso, o deputado capixaba alerta para as diferenças de oportunidades entre os homens e as mulheres do campo de décadas atrás com os atuais. “Se você considerar um agricultor brasileiro, neste momento, com 50, 60 anos de idade, em sua juventude ele esteve à margem das oportunidades de saúde e educação. No auge de sua força produtiva, eles não estavam nem perto daquilo que poderia lhes permitir uma terceira idade de melhor qualidade. Outra coisa é o jovem de hoje que está em um trator com ar condicionado, direção hidráulica, que faz uso de equipamentos modernos para aplicação de defensivos”.
No modelo de aposentadoria rural apresentado pelo Governo será exigido um tempo mínimo de contribuição de 20 anos, além de uma idade mínima de 60 anos para homens e mulheres. Atualmente, os requisitos são 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens) e o mínimo de 15 anos de contribuição.
Evair frisa que é necessário cortar privilégios para que haja dignidade ao trabalhador do campo. “É preciso fazer esse diálogo, identificar essas particularidades e que nós tenhamos a coragem e a determinação de encontrar um sistema previdenciário justo, digno e compatível com a economia. Temos que fazer um sacrifício e permitir a esses brasileiros, que estiveram à margem das oportunidades, condições dignas para que encerrem seu ciclo de trabalho”.
Com informações de assessoria