A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promove debate, nesta terça-feira (19), sobre os efeitos dos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde. A audiência pública foi solicitada pelos deputados João Daniel (PT-SE), Paulo Teixeira (PT-SP) e Valmir Assunção (PT-BA). Eles destacam que desde 2008 o Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo e que é preciso buscar alterativas para o uso destes produtos.
“De acordo com o Dossiê Abrasco [Associação Brasileira de Saúde Coletiva], cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão contaminados por algum tipo de agrotóxico, sendo que desses, segundo dados da Anvisa, 28% contém substâncias não autorizadas para uso no Brasil”, alertam.
Os parlamentares citam ainda que nos países em desenvolvimento, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), os agrotóxicos causam 70.000 intoxicações agudas e crônicas anualmente.
“Esses são apenas alguns dos dados sobre o universo do uso de agrotóxicos, cujos malefícios para a saúde da população, para o meio ambiente e para o próprio desenvolvimento sustentável da agricultura devem cada vez mais ganhar visibilidade”, explicam os deputados.
Convidados
Foram convidados para discutir o assunto:
– a secretária executiva do Fórum Paulista de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos e coordenadora da Comissão Temática de Meio Ambiente e Agroecologia, Ana Marina Martins de Lima;
– a representante da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida Carla Bueno;
– o pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Luiz Claudio Meirelles;
– o gerente da Unidade Técnica da Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Ubirani Otero;
– a coordenadora da Campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace, Marina Lacorte.
– o secretário de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Daniel Gaio; e
– a representante da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Kelli Mafort;
Participação popular
A audiência pública será interativa e ocorrerá no plenário 8, a partir das 14 horas. Os cidadãos podem participar enviando perguntas e comentários pelo portal e-Democracia.