Bolsonaro e Lula se enfrentam no segundo turno

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Presidente teve 43,20% dos votos válidos, entanto o petista alcançou 48,42%, segundo o TSE; segunda etapa do pleito será em 30 de outubro

Montagem de fotos: Reprodução/Twitter/@LulaOficial e Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai disputar o segundo turno da eleição à Presidência da República com o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A segunda etapa do pleito – marcada para 30 de outubro – foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 21h30 deste domingo, 2, com 96,93% das urnas apuradas do primeiro turno das eleições de 2022. Segundo dados do tribunal, com 99,98% da apuração concluída, o petista recebeu 57.243.297 votos, o equivalente a 48,43% do eleitorado brasileiro. Em segundo lugar, o atual chefe do Executivo teve 43,20% dos votos, o que representa 51.068.724 de eleitores. Os votos brancos somavam 1,59%, e nulos, 2,82%. Na sequência, Simone Tebet ficou com o terceiro lugar e recebeu 4,16% dos votos ( 4.915.058). Já o candidato Ciro Gomes (PDT) somou 3,04% (3.598.936 de votos) e ficou em quarto lugar. Confira AQUI o resultado de todos os candidatos.

O pleito deste ano foi marcado por uma polarização antecipada entre os dois principais candidatos. Lula recuperou os direitos políticos em março de 2021, quando o STF anulou as condenações do petista. E, desde então, a disputa entre os dois estava desenhada, deixando pouco espaço para a ascensão da chamada “terceira via”, que foi desidratando ao longo do processo. Nomes como o do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), ficaram pelo caminho. A escolha do PT por Geraldo Alckmin (PSB), que foi um dos fundadores do PSDB, partido que historicamente rivalizou as disputas presidenciais com os petistas, para o cargo de vice-presidente na chapa, foi um marco da campanha eleitoral e recebeu críticas. Na reta final, cresceu o movimento do voto útil, incluindo declarações de artistas e personalidades. Pela primeira vez na história, a disputa pela Presidência da República ocorreu entre um presidente e um ex-presidente.

Em contrapartida, no reduto petista, as próximas quatro semanas de propagandas e agendas eleitorais também devem reservar novidades, especialmente quanto as bases de apoio. Com a disputa em segundo turno, a expectativa é que a campanha de Lula angarie novas alianças. O União Brasil, por exemplo, que concorria com Soraya Thronicke neste primeiro turno, chegou a conversar com os petistas antes de definir pelo nome da parlamentar. A própria senadora já admitiu, em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, que a legenda deve dialogar com o PT. Outro partido para a construção de provável aliança é o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que empunhava a candidatura de Simone Tebet à Presidência. Dentro da sigla, uma ala pró-Lula já defendia o apoio ao petista no primeiro turno, em movimento encabeçado pelo senador Renan Calheiros (MDB) e que deve ganhar forças nas próximas semanas. O Partido Socialista Democrático (PSD), de Gilberto Kassab, que liberou os filiados em primeiro turno, também pode declarar apoio a Lula, assim como o Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Ciro Gomes.

Jovem Pan

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