Representantes do setor cacaueiro dos principais estados produtores aderiram ao movimento
A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) organiza deste terça-feira (9/5), em Brasília (DF), um movimento que promoveu uma série de reuniões com as bancas dos estados produtores de cacau do Espírito Santo, Bahia, Pará e Rondônia. A presidente da ANPC, Vanuza Barroso, e o vice-presidente, Mauro Rossoni Junior (Maurinho Rossoni), acompanhados de representantes do setor cacaueiro capixaba, reivindicam contra a importação da amêndoa de cacau, a revogação da IN-125 e a necessidade de criação do Conselho Nacional do Cacau.
Maurinho Rossoni, que também é produtor e membro da Associação dos Cacauicultores do Espírito Santo (Acau), que está no Distrito Federal, explicou que o movimento surgiu devido à Instrução Normativa 125 (IN-125), publicada em abril de 2021.
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“A IN-125 foi publicada sem que antes houvesse uma discussão pública em que os produtores de cacau pudessem debater sobre o assunto, o que resultou na flexibilização da importação do cacau vindo da Costa do Marfim, na África”, comentou o vice-presidente da ANPC.
Segundo ele, na referida normativa não consta sobre o trato fitossanitário adequado para pragas quaternárias, correndo, deste modo, com as importações, o sério risco de entrar pragas e doenças presentes na Costa do Marfim e que não estão presentes no Brasil.
O vice-presidente da ANPC disse que a luta do setor cacaueiro é evitar, além do risco da entrada de novas doenças quarentenárias no país, a diminuição do preço das amêndoas de cacau devido ao excesso de oferta.
“Sem contar que essas pragas podem acabar com parte da cacauicultura brasileira e várias outras culturas. O movimento, liderado pela ANPC em Brasília, resultou em reuniões positivas e vários desdobramentos”, ponderou Maurinho.
Em Brasília, os integrantes discutem as principais pautas do movimento com ministros, entre eles, Rui Costa, atual Ministro da Casa Civil do Brasil, com os senadores da Bahia, Jaques Wagner e Coronel Angelo, e com o deputado federal, Evair de Melo.
Acompanham os representantes da Associação Nacional do Produtores de Cacau (ANPC), Eduardo Zucolotto, conselheiro da Acau; a vice-presidente da ANPC Eunice Gutzeit, do Município de Uruará (PA); Pedro Santos, conselheiro deliberativo da ANPC; além de membros de associações e cooperativas de cacau de todo o Brasil, prefeitos e secretários municipais de regiões do país.
Redação Campo Vivo
1 comentário
Muito bom, a prevenção é muito importante, sou produtor de cacau em Tucumã PA, também me preocupo com as pragas que poderiam surgir.