Temporária impossibilidade de acesso ao mercado chinês deixou feridas nas exportações de carne bovina de 2021
A temporária impossibilidade de acesso ao mercado chinês (que durou mais 100 dias e só foi suspensa no início da segunda quinzena de dezembro passado) deixou feridas nas exportações de carne bovina de 2021: o volume do produto in natura embarcado recuou quase 10% no ano, resultado ligeiramente minimizado pelo produto industrializado. Assim, nas exportações totais, o volume de carne bovina foi 8,26% menor que o de 2020.
As carnes suína e de frango também enfrentaram desafios, relacionados principalmente à logística de transporte. Mas a carne suína, com aumento de 10,70% no volume embarcado, sofreu desaceleração em relação a 2020, exercício em que suas exportações aumentaram mais de 35%. Já a carne de frango reverteu a queda enfrentada em 2020 (1,2% a menos), aumentando em 8,33% o volume exportado.
O ano de 2021 foi marcado pela recomposição de preços dos alimentos, inclusive das carnes. Mas enquanto as carnes bovina e de frango obtiveram ganhos de preço significativos – de 18,27% a carne bovina; de 15,44% a de frango – a carne suína, como efeito do expressivo aumento da produção chinesa, obteve ganho bem menor, de apenas 4,87%.
Independentemente, porém, do desempenho no volume ou no preço, as carnes geraram expressiva receita cambial para o País. Ela, no ano, aumentou 15,74%, aproximando-se dos US$20 bilhões – um recorde histórico.
Desse total, 46,32% vieram da carne bovina, 37,71% da carne de frango e os restantes 13,18% da carne suína. Ou seja: juntas, essas três carnes geraram 97,21% da receita cambial obtida pelo Brasil com a exportação de carnes.
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