As quatro principais carnes exportadas pelo Brasil fecharam os 10 primeiros meses de 2018 com recuo de 3,5% no volume embarcado e de 6,2% na receita cambial. Determinaram esses retrocessos as carnes de frango, suína e de peru. Na de frango, o volume exportado foi 6,6% menor; na suína, quase 10% inferior; e na de peru, o volume exportado caiu mais de 30%.
Ou seja: apenas a carne bovina completa a maior parte do ano com volume crescente – em mais de 10%. E ainda que seu preço médio tenha decrescido em relação aos mesmos 10 meses de 2017, a receita cambial obtida pelo produto também aumentou de forma significativa frente ao desempenho das demais carnes. Mais exatamente, em 8,7%.
Embora expressivo, esse acréscimo foi insuficiente para neutralizar as quedas de 12%, 28% e 45% nas receitas das carnes de frango, suína e de peru, respectivamente. Daí a receita cambial global negativa – desempenho difícil de ser revertido no bimestre final de 2018.
Também de difícil reversão é a liderança da carne bovina como principal geradora da receita cambial das carnes – posição tradicionalmente ocupada pela carne de frango. É verdade que a diferença entre ambas é pequena, de apenas 0,22 ponto percentual. Mas tende a ser mantida em 2018.
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