Exportações carne bovina brasileira tiveram queda no primeiro quadrimestre deste ano
As exportações carne bovina brasileira tiveram queda no primeiro quadrimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2022, seja em receita, de US$ 3.999 milhões para U$2.882 (-28%)., como em volume, de 729 mil toneladas para 630 mil (-12%), como Os preços médios também tiveram queda, de US$ 4.586 por tonelada para US$ 4.574 (-20%). As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
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A queda nas exportações pode ser atribuída em grande parte à diminuição das importações pela China, principal importador de carne bovina do Brasil, que reduziu o valor das compras de US$ 2,233 bilhões para US$ 1,326 bilhões ( -41%) e a quantidade de 344 mil toneladas para 269 mil (-20%).
As baixas em divisas e movimentações aconteceram nos quatro meses: janeiro (US$ 485,2 milhões e 100.164 toneladas; fevereiro (US$ 355,7 milhões e 72.537 toneladas); março (US$ 278 milhões e 55.534 toneladas e abril (US$ 208 milhões e 40.901 toneladas).
Outros dos principais países importadores também reduziram as compras:
• Os Estados Unidos, segundo maior cliente do Brasil, passaram de US$ 436,5 milhões e 79.198 toneladas em 2022, para US$ 333 milhões (-23,7%) e 75.241 (-5%) em 2023;
• O Chile minuiu de US$ 128,2 milhões e 25.757 toneladas em 2022 para US$ 120 milhões (- 6,4%) e 25.431 (-1,3%) em 2023.
• Para completar, o Egito caiu de US$ 211,4 milhões e 55.273 toneladas em 2022 para US$ 117,6 milhões (-44,4%) e 33.071 toneladas (-40,2%) em 2023.
No cômputo global das aquisições de carne bovina do Brasil, enquanto 65 países tiveram aumentos, outros 74 diminuíram. O caso de doença da vaca louca detectado no Pará, em 23 de fevereiro, consumou a suspensão das exportações de carne bovina brasileiro durante praticamente um mês. Através da sua rede de embaixadas, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) monitora para evitar que países embarguem de forma indevidas as suas fronteiras para o acesso da carne bovina brasileira.
A marca deste ano de 2023 tende a ser de grande oferta na carne bovina, ultrapassando a quantidade de nove milhões de toneladas. Em função do ciclo de baixa nos preços da pecuária de corte se aguarda a continuidade do pico de abates verificados em 2022, com descarte de fêmeas. Vem daí o esforço existente para ampliar as exportações e superar as dificuldades decorrentes da suspensão temporária para as entregas ao mercado chinês.
De acordo com as previsões do órgão, as exportações de carne bovina do Brasil serão beneficiadas por uma oferta exportável mais restrita dos principais concorrentes, Argentina e Uruguai, com sustentação de embarques crescentes para a China
Agrolink