Na próxima segunda-feira (10) uma missão veterinária dos Estados Unidos estará no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos. As reuniões inicial e final serão realizadas em Brasília.
A auditoria, que se estenderá até o dia 28, será realizada em abatedouros de seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Serão inspecionados também os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) em São Paulo e Minas Gerais, centros de análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Estão previstas ainda auditorias nos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério (SIPOAs) de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e de Goiás. Os roteiros serão cumpridos por duas equipes, de seis veterinários do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos (FSIS na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Para a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o Brasil já cumpriu todas as exigências feitas pelos americanos em relação à qualidade do produto brasileiro e agora está pronto para dar início às exportações de carne bovina in natura. Em março, após negociações com os EUA, a ministra disse que as questões burocráticas estavam resolvidas com as autoridades sanitárias americanas.
Em relação ao pedido dos Estados Unidos de exportar carne suína ao Brasil, Tereza Cristina explicou que o governo brasileiro ainda está avaliando a parte sanitária do certificado de importação. “Não foi concedida ainda (a autorização para os EUA exportarem a carne), estamos ainda discutindo o certificado sanitário”, explicou a ministra na ocasião.
Em junho de 2017 os americanos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Essas reações desencadearam o processo de redução da dose da vacina de 5 ml para 2 ml e a retirada da saponina da composição do produto. O Brasil obteve autorização em 2015 para exportar carne bovina in natura para os EUA, processo que se arrastou por 15 anos, limitando-se a vender apenas carne termoprocessada (cozida) para aquele país.
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