O Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, acaba de atingir a marca de meio milhão de toneladas do material destinadas para reciclagem ou incineração. O Sistema iniciou suas atividades em 2002 e tem o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) como núcleo de inteligência nas atividades de destinação das embalagens vazias.
“O Brasil tem um dos sistemas de logística reversa no campo mais avançados no mundo, tanto que é considerado referência por países que possuem programas semelhantes. Isso só é possível por conta de fatores como uma legislação clara e eficiente e o engajamento de todos os elos da cadeia produtiva agrícola (indústria fabricante, canais de distribuição, agricultor e poder público), que cumprem com suas responsabilidades contribuindo com o nível de excelência apresentado pelo Sistema Campo Limpo”, explica João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV.
Atualmente, 94% das embalagens plásticas primárias devolvidas pelos produtores rurais são encaminhadas para reciclagem ou incineração. Desse total, 90% são reciclados, dando origem à matéria-prima para a produção de mais de 30 artefatos, entre eles novas embalagens que retornam para a indústria de defensivos ou outros segmentos da economia. “O Sistema Campo Limpo é também um exemplo de modelo de economia circular e o Brasil é o único país a produzir novas embalagens com matéria-prima obtida com a reciclagem do que é destinado pelos produtores. Com isso, temos uma gestão completa do fechamento do ciclo de vida do material dentro do próprio Sistema, impulsionando a economia, gerando emprego e contribuindo com a sustentabilidade”.
Inovação a favor da Sustentabilidade
De 2012 a 2017, a destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas permitiu a economia de energia suficiente para abastecer 2,5 milhões de casas, a redução de resíduos em quantidade equivalente ao gerado por uma cidade de 500 mil habitantes em 11 anos, e também a redução de cerca de 625 mil toneladas de emissões de CO2 equivalente, ou 1,4 milhão de barris de petróleo não extraídos.
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