Devem ser 4,84 milhões de toneladas, ou 117 mil toneladas a mais que em 2019/20
A Organização Internacional do Cacau (ICCO, em inglês) divulgou as primeiras estimativas para o ciclo 2020/21. Segundo a entidade a produção global de cacau nesta safra deve atingir 4,84 milhões de toneladas, alta de 2,5% ou 117 mil toneladas a mais do que na temporada 2019/20.
O aumento é explicado pelo incremento na oferta de cacau de Costa do Marfim e Gana, maiores produtores mundiais da commodity, onde a colheita deve começar em abril. As condições climáticas favoráveis melhoraram o rendimento das plantações em ambos países.
A entidade espera que a moagem mundial da amêndoa na temporada 2020/21 alcance 4,69 milhões de toneladas, 0,5% superior ao previsto para a safra anterior. Com isso, a Icco espera superávit de 102 mil toneladas em 2020/21. De acordo com a entidade, a demanda, que já havia recuado 2,4% em 2019/20 ante 2018/19, ainda tende a refletir a crise econômica da pandemia do novo coronavírus, que levou ao menor consumo de cacau no segmento de produtos gourmet e para confeitaria.
A produção brasileira de cacau registrou forte recuperação na safra 2019/20, encerrada em setembro, puxada por avanços no Pará e na safra principal da Bahia. De acordo com dados da TH Consultoria, sediada em Salvador, a colheita somou 201,3 mil toneladas, com crescimento de 14,6%, e superou a estimativa da Organização Internacional do Cacau (ICCO),
No Brasil a safra 2019/20, encerrada em setembro, registrou 201 mil toneladas, alta superior a 14%. A plantação nacional de cacau é liderada pelo Pará e usa, principalmente, sistemas agroflorestais. A Bahia, que estava no topo desse pódio até 2017, também atua como protagonista no setor.
Agrolink