Prejudicado pela concorrência de bebidas mais baratas ou menos calóricas, o consumo do suco de laranja concentrado congelado nos EUA caiu cerca de 39% entre 2003 e 2015, para 613 mil toneladas. O Brasil, por sua vez, teve alta de 40%, para 63 mil toneladas, conforme dados da consultoria Markestrat.
O mercado brasileiro de sucos 100%, aquele sem adição de água e açúcar, ainda tem espaço para evoluir porque é proporcionalmente muito menor, segundo Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, entidade que reúne exportadores.
“No mundo, o suco de laranja já é consolidado, mas no Brasil ainda tem muito o que crescer. O suco tipo exportação está começando a pipocar com diversas marcas agora”, afirma Netto.
Devido ao histórico exportador, a indústria brasileira só passou a olhar o mercado interno quando precisou reagir à queda não só nos EUA, mas no resto do mundo. De 2003 a 2015, foi de 19% a redução nos 40 principais mercados da bebida, que absorvem mais de 95% das exportações brasileiras.