Em estado avançado pelas lavouras da Bolívia, a Monilíase do Cacaueiro já está a 50 quilômetros da fronteira do país com o estado do Acre. Fontes ligadas ao setor do cacau afirmam que a pergunta agora não é se a doença vai chegar, mas quando isso vai acontecer.
Com o objetivo de evitar maiores danos, a Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) começou na última segunda-feira, em Porto Velho, o Curso de Emergência Fitossanitária em Monilíase do Cacaueiro. O evento terá oito dias de duração (120 horas) e contará com palestras sobre sanidade vegetal, manejo integrado de praga e, especialmente, sobre medidas para conter, controlar e combater a monilíase.
Recomendado pelo Ministério da Agricultura, o encontro tem confirmadas as presenças de órgãos de fiscalização animal e vegetal de Rondônia, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e do Instituto de Cultivos Tropicais (ICT) do Peru.
A Monilíase é uma doença que afeta os frutos do cacau, cupuaçu, cacauí e cupuí, espécies comuns na floresta, devastando as sementes e causando perda de 50% até 100% dos frutos produzidos. O agente causal é um fungo que até o momento não existe no Brasil, mas já se encontra em países vizinhos, como Peru e Bolívia, localizados na área de fronteira com o Acre.
Mercado do Cacau