Pesquisadores ensinaram como identificar sintomas e aplicar métodos de controle para pragas como ácaro-branco, ácaro-rajado, cigarrinha, além de doenças prejudiciais à cultura
Extensionistas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) participaram, na quinta-feira (26), de um treinamento focado no manejo de pragas e doenças do mamoeiro, realizado na Fazenda Experimental de Linhares. A capacitação visa fortalecer as ações desses profissionais no controle das ameaças que afetam as lavouras de mamão do Espírito Santo, o maior produtor e exportador da fruta no Brasil.
A programação incluiu uma parte teórica, seguida de atividades práticas no campo. Os pesquisadores do Incaper, Karin Tesch e Renan Queiroz, ensinaram como identificar sintomas e aplicar métodos de controle para pragas como ácaro-branco, ácaro-rajado e cigarrinha. Também foram abordadas doenças prejudiciais à cultura, como pinta preta, antracnose, Phytophthora, Phoma e viroses como mosaico e meleira, que têm causado sérios danos às lavouras no Estado.
O treinamento contou com a participação de extensionistas da região norte do Espírito Santo, que concentra a maior produção de mamão do Estado. Eles também receberam orientações sobre legislação e defesa sanitária, repassadas pelo engenheiro agrônomo do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Ronaldo de Almeida.
A capacitação é parte das metas de projetos coordenados pela pesquisadora do Incaper, Fabíola Lacerda. “Identificamos a necessidade de ampliar a atuação dos extensionistas na cultura do mamoeiro, especialmente junto aos pequenos produtores, que mais dependem dos serviços públicos de assistência técnica. Muitas vezes, esses produtores iniciam o cultivo sem saber que podem colocar em risco a sanidade não apenas de sua lavoura, mas também as do entorno”, explica.
A pesquisadora destaca a preocupação com o aumento das viroses do mamoeiro. “É fundamental minimizar os riscos a essa cadeia produtiva que é crucial para o agronegócio do Espírito Santo e que, devido ao seu histórico de boas práticas fitossanitárias, conquistou mercados externos e contribui para gerar empregos diretos e indiretos nas áreas rural e urbana”, enfatiza Fabíola Lacerda.
Os projetos conduzidos por Fabíola Lacerda são “Desenvolvimento da cultivar de mamoeiro formosa ‘Rubi INCAPER 511’ – Terceiro ciclo de seleção recorrente” e “Mamoeiro Rubi- INCAPER: Desenvolvimento e Viabilização de tecnologia gerada para o pequeno produtor”, que contam com recursos de editais da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
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