Maiores recuos foram da maçã que teve demanda irregular
O 3º Boletim Prohort, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), analisou o desempenho de cinco frutas nas principais centrais de abastecimento do país em fevereiro. São elas: maçã, banana, melancia, laranja e mamão. O cenário foi de queda nos preços na maioria das Ceasas para os cinco itens.
Na maçã o aumento da colheita da gala, tanto para produtores com acesso às câmaras frias quanto os pequenos, sem acesso a essa tecnologia, em meio a uma demanda regular, impactou na queda de preços da fruta. Já a variedade fuji começou a ser colhida timidamente em fins de fevereiro, movimento que se intensificará em março. Com expectativa de boa safra para o produto, as perspectivas para as exportações são boas.
Já a comercialização da melancia em fevereiro ficou mais baixa na maioria das Ceasas, o que não se converteu em aumento de preços, uma vez que o tempo chuvoso influencia em uma menor demanda. Com isso, os produtores encontram nas exportações uma boa alternativa para escoar a produção, principalmente das minimelancias cearenses e potiguares. Alta expressiva somente em Brasília (DF), com 43%.
O mercado de laranja apresentou variações, tanto positivas quanto negativas, das cotações. A oferta caiu em todas as Ceasas, mas também a demanda foi restringida (renda em queda, menor qualidade das laranjas na entressafra). Produtores esperam que a situação possa melhorar com a entrada das laranjas “boca de safra”, na segunda quinzena de abril, e aumentar a presença de laranjas de melhor qualidade nos mercados. Para a temporada seguinte as vendas externas devem continuar razoáveis, principalmente para EUA e Europa.
A comercialização de banana caiu em quase todos os entrepostos atacadistas e teve direção não uniforme dos preços, com bastante oscilações. A banana prata teve comercialização reduzida por conta da baixa oferta devido a entressafra nas principais regiões produtoras e a própria substituição com a nanica, que levou a cotações elevadas. Já a banana nanica, que vinha de meses anteriores com baixa oferta voltou a ter redução na quantidade colhida, com aumento suave de preços no decorrer do mês, cenário que pode ser mudado com a entrada da safra de Registro/SP em fins de março. Alta somente em Recife (PE), na casa dos 22%.
A comercialização de mamão também teve queda aliada a pequenas oscilações de preços. O mamão formosa teve alta na produção capixaba e queda na maioria das demais regiões, forçando os preços no varejo se manterem baixos. Já o mamão papaya teve redução continuada da oferta nas roças das principais regiões produtoras e a manutenção dos preços em patamares mais elevados. As exportações diminuíram, influenciadas por entraves logísticos ligados à pandemia.
O volume total de frutas exportado no primeiro bimestre de 2021 foi de 160,37 mil toneladas, abaixo 1,71% em relação ao acumulado no mesmo período do ano anterior, e o valor auferido foi US$ 131,47 milhões, 1,4% abaixo para o mesmo período. Destaque para o crescimento do volume das exportações de melancias, mangas e maçãs e queda de limões e limas, bananas, melões e mamões.
Agrolink