Até 2022, os preços dos alimentos subiram com força
As vendas per capita (quilo por pessoa, por ano) de frutas e hortaliças do varejo no Brasil, no geral, estão em declínio desde 2012, de acordo com dados da consultoria Euromonitor divididos pela população brasileira. Apesar da queda no consumo per capita, o volume financeiro gerado no varejo continuou em ascensão, sustentado pelo aumento nos preços dos hortifrútis, sobretudo nos últimos dois anos. Isso significa que, mesmo com os avanços que podem ocorrer com a agregação de valor e sofisticação do produto final, o brasileiro gastou mais e levou menos hortifrútis para a casa nestes últimos anos.
É importante ressaltar que a economia brasileira vem apresentando crescimento limitado desde 2014. No período da pandemia até 2022, os preços dos alimentos subiram com certa força, por conta do aumento dos custos dos insumos. Esse cenário econômico vem restringindo o poder de compra do brasileiro e impactando nas vendas de frutas e hortaliças.
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E o brasileiro precisou se adaptar a esse contexto de preço elevado. Muitos estão trocando produtos premium por outros mais em conta. Já no caso da população que não abre mão do que vem consumindo nos últimos anos, a consultoria Kantar indica que estes direcionam um orçamento maior com alimentos, bebidas e vestuário e reduzem as compras de bens de maior valor.
Apesar do cenário recente negativo de consumo de frutas e hortaliças no Brasil, o setor está otimista para 2023. Caso a ocorra uma retomada de crescimento econômico consistente nos próximos anos, o consumo per capita brasileiro de frutas e vegetais pode, a partir de 2026, voltar ao patamar de 2012. Assim, entender esse consumidor e se preparar para o futuro são estratégias a se definir o quanto antes.
Cepea