A mosca negra é uma praga que causa danos diretos e indiretos nas árvores de citros, pois alimenta-se da seiva das plantas deixando-a debilitada e, em alguns casos, levando-a a morte, se não forem realizadas as medidas de controle.
Além dos danos provocados pela mosca negra, ela facilita a ocorrência de fumagina, que é causada pelo fungo Capnodium sp., que se desenvolve sobre as excreções da mosca negra e chega a revestir totalmente a folha, acarretando a redução da fotossíntese e impedindo a respiração da planta.
O controle da mosca negra deve ser baseado em monitoramento com inspeções semanais nas brotações novas, examinando a face inferior das folhas novas e maduras à procura de sinais de postura da mosca negra. Depois de identificada a presença da praga, recomenda-se que sejam feitas aplicações de adulticidas associados a reguladores de crescimento. Também é necessária a aplicação de óleo mineral para retirar a fumagina da superfície das folhas e frutos. Em áreas com altas populações pode ser necessária mais de uma aplicação.
O controle biológico também é indicado para a mosca negra. Os mais efetivos são com as vespinhas Encarsia opulenta e a Amitus hesperidum.
O ciclo de desenvolvimento de ovo a adulto é de 45 a 133 dias. Os adultos apresentam corpo cinza-escuro, com faixas avermelhadas no tórax e abdômen.
A disseminação da praga ocorre por transporte de material vegetal, principalmente plantas ornamentais, pelo homem e carregada pelo vento. As espécies de citros são os principais hospedeiros da praga, mas ela também pode infestar mais de 300 espécies de plantas, incluindo abacateiro, cajueiro, videira, goiabeira, mamoeiro, pereira, plantas ornamentais e daninhas, sendo transportadas facilmente entre regiões.
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