Senar-ES recebe R$ 750 mil para investimentos em cacau e pimenta-do-reino

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Recurso já foi empenhado e é proveniente de emenda parlamentar do Deputado Federal, Evair de Melo

Foto: Divulgação

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES) vai receber R$ 750 mil para a realização de diagnósticos técnicos das cadeias produtivas do cacau e da pimenta-do-reino no Espírito Santo. O recurso já foi empenhado e é proveniente de emenda parlamentar do Deputado Federal e vice-líder do governo na Câmara, Evair de Melo.

Através da verba, o Senar-ES vai realizar diagnósticos técnicos envolvendo toda a cadeia produtiva, desde a produção primária até a comercialização, sendo um para cadeia da cacauicultura e outro para a pipericultura capixaba. Além disso, promoverá seminários específicos para cada cadeia de forma a apontar ações concretas para minimizar seus gargalos e maximizar suas potencialidades, especialmente considerando o período pós-pandemia, provocada pelo coronavírus.

“Agradecemos especialmente ao empenho do deputado Evair de Melo que enxergou no Senar-ES a competência e a expertise para executar um trabalho de qualidade nas áreas de cacau e pimenta-do-reino. É a primeira vez que o Senar Espírito Santo conquista esse tipo de recurso e esperamos que venham outras emendas para fortalecermos ainda mais o agronegócio capixaba”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faes) e do Conselho do Senar-ES, Julio Rocha.

De acordo com Evair de Melo, a intenção é montar uma base sólida de conhecimento a respeito dessas duas importantes cadeias produtivas para a agricultura do Espírito Santo, com detalhamento acerca da situação atual, tanto de produção como de estruturação, e identificação de gargalos e de oportunidades de desenvolvimento.

“Assim, será possível estruturar soluções que busquem o desenvolvimento das duas culturas, especialmente junto aos pequenos produtores rurais, com o engajamento de todos os envolvidos, levando em conta as relações comerciais e institucionais que permearão o cenário futuro. Além de aumentar o número de produtores rurais que trabalham com as culturas do cacau e da pimenta-do-reino no Espírito Santo, os diagnósticos vão contribuir para o aumento da produtividade das lavouras e da qualidade dos frutos”, explica o parlamentar.

O café e o leite são segmentos predominantes na agropecuária capixaba, mas o Estado está crescendo no cultivo de outras culturas e alcançando bons resultados. O projeto visa impulsionar a diversidade nas propriedades rurais e agregar renda às famílias.

“Queremos que os produtores rurais enxerguem cada vez mais oportunidades de negócio e lucratividade no campo, então vamos desenvolver esse diagnóstico para auxiliá-los. É uma grande conquista para todos nós, famílias rurais”, revela a superintendente do Senar-ES, Letícia Simões.

 

Cacau e pimenta-do-reino no ES

A cacauicultura ocupa uma área cultivada de 23.672 hectares no Espírito Santo, com uma produção de 5.467 toneladas de amêndoas, segundo dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O cacau do produtor capixaba Emir de Macedo Gomes, de Linhares, foi escolhido como um dos melhores do mundo no Salão do Chocolate, realizado em Paris. Ele recebeu o prêmio internacional Cacau de Excelência.

Na pipericultura, o Espírito Santo é o segundo maior produtor e exportador do país, sendo a pimenta-do-reino de grande importância na composição do Produto Interno Bruto agrícola capixaba.

São produzidas 6,7 mil toneladas de pimenta-do-reino anualmente no Estado. Os plantios se concentram no Norte do Estado, tendo como destaque o município de São Mateus, com mais de 65% da área cultivada e da produção.

O projeto que será executado pelo Senar-ES vai possibilitar o estudo e o conhecimento aprofundado do cacau e da pimenta-do-reino no Espírito Santo, a fim de propor ações práticas no futuro.

“A ideia é conhecermos mais as cadeias produtivas para desenvolver um plano de ação com o intuito de alavancarmos o cultivo”, revela o analista técnico do Senar-ES, Murilo Pedroni, responsável pelo projeto.

Senar/ES

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