Relatório mostra que o Brasil foi o único país que registrou aumento nos custos de produção de suínos

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Os resultados da reunião deste ano da rede InterPIG, referentes aos custos mundiais de produção de suínos em 17 países que participam ativamente do comércio mundial, foram divulgados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos, da Embrapa. O relatório da reunião mostra que o forte aumento no preço do milho em 2016 no Mato Grosso (76%) e em Santa Catarina (59%) impactou nos custos de produção no Brasil em 24% em SC e em 22% no MT.

“Mesmo com a desvalorização da moeda brasileira em torno de 4,4% em relação ao euro, ocorreu um significativo aumento nos custos de produção nesta moeda. Com isso, a posição de liderança em custos da suinocultura de Mato Grosso e da região Centro-Oeste foi perdida para os Estados Unidos em função do preço médio da ração que se aproximou dos preços em alguns países europeus como Dinamarca, França e Alemanha”, diz o pesquisador da Embrapa Marcelo Miele,

Em 2015 os preços no Mato Grosso eram 28% inferiores à média de preços nesses três países, enquanto que em 2016 essa diferença foi reduzida para apenas 6%. Ainda, todos os países apresentaram redução de custos em euro, exceto o Brasil. Miele também destaca que a suinocultura em Santa Catarina apresentou a ração mais cara entre os países da rede InterPIG. “A competitividade do estado vem da mão de obra e do custo de instalações e equipamentos”, diz.

A InterPIG envolve instituições de pesquisa, associações de representação, órgãos públicos e empresas de consultoria dos principais países produtores de carne suína. O objetivo é desenvolver e implantar uma metodologia padronizada de cálculo dos custos de produção, além de comparar os índices técnicos, os preços e os custos de produção dos participantes e apoiar estudos de competitividade entre os países.

Embrapa

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