Potencial do bambu desperta interesse econômico

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bambuEm qualquer região do mundo, há dez anos, o bambu era considerado uma praga, afinal, trata-se de uma planta que o fogo não mata, que a formiga não come, que um eventual hospedeiro indesejado não afeta a produtividade. Mas hoje vale dinheiro nos Estados Unidos, Europa, Ásia e Brasil.

A afirmação de Guilherme Korte, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Bambu (Aprobambu), mostra que as atenções estão voltadas para o potencial econômico desta cultura, tanto que a entidade, em conjunto com a Rede Brasileira do Bambu, entrou com um pedido, na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para a normatização da construção com bambu, conforme outras normas em vigor em mais de 30 países. Isto porque “a madeira da planta é resistente, inclusive, a terremotos”.

Pesquisadora do Instituto de Botânica e uma das palestrantes, Maria Tereza Grombone Guaratini ressalta que a utilização do bambu como alternativa de madeira, com alto valor agregado, pode gerar uma boa renda para pequenos, médios e grandes produtores. Eles ainda podem exportar esta matéria prima para países europeus onde o uso deste material deve ser estabelecido nos próximos anos.

“Tenho a convicção de que a cultura do bambu é economicamente viável, em razão do baixo investimento, e por ser uma planta perene, que rebrota anualmente, com tolerância à grande variação térmica e que se adapta a vários tipos de solo. Acredito que, em alguns anos, o mercado para exportação de bambu vai crescer, devido ao apelo sustentável do uso deste material”, prevê a pesquisadora.

O Brasil possui, atualmente, 36 gêneros e  254 espécies nativas de bambu distribuídas entre a Mata Atlântica (62%), Amazônia (28%) e Cerrado (10%). “Desde o descobrimento do Brasil, o bambu é conhecido e utilizado, copiando moldes asiáticos, africanos e centro-americanos. As primeiras indústrias de papel já utilizavam o bambu para fabricar este produto”, relata o presidente da Aprobambu.

Agrolink

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