As exportações do agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2020 somaram US$ 21,4 bilhões e ficaram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado (leve queda de 0,4%), segundo avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos dados da balança comercial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
A China foi o principal destino das vendas externas. Os embarques para o país asiático foram de US$ 7,2 bilhões, o equivalente a 34% do total. No período, houve grande demanda por produtos como soja, carne bovina, carne de frango e algodão em bruto. União Europeia e Estados Unidos foram o segundo e o terceiro maiores compradores no Brasil nos primeiros três meses do ano.
A soja em grãos, a carne bovina in natura e a carne de frango in natura foram os principais produtos exportados nos três primeiros meses do ano, respondendo por 44% das vendas externas. A oleaginosa totalizou, em receita, US$ 6,2 bilhões, alta de 9,4% na comparação com o mesmo período de 2019.
“As maiores variações nas compras de soja em grãos se deram para União Europeia, China e Tailândia. As três regiões em conjunto contribuíram com um aumento de US$ 494,5 milhões, no primeiro trimestre de 2020 em relação a 2019”, explica a CNA.
As vendas de carne bovina cresceram 29,9%, chegando a US$ 1,6 bilhão, enquanto a carne de frango teve faturamento de US$ 1,5 bilhão, elevação de 7%. A demanda chinesa contribuiu para estes resultados.
“Em relação à carne bovina, as compras chinesas aumentaram 124,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019, alcançando o montante de US$ 767,5 milhões no início de 2020. As carnes de frango também tiveram ganhos na China. O país comprou US$ 123,3 milhões a mais em relação ao primeiro trimestre de 2019, alcançando o montante de US$ 345,3 milhões”, diz o documento da CNA.
Outro produto de destaque foi o algodão bruto que registrou a segunda maior variação positiva nas vendas do primeiro trimestre de 2020. Segundo a CNA, a commodity foi altamente demandada pela Ásia, sendo a China detentora do maior aumento nas compras do produto com variação positiva de 119,1%.
O milho também sofreu queda nas exportações, de 51%, De acordo com a CNA, o grão ¨passa por um período de aquecimento no mercado interno e de forte redução dos estoques, o que tem levado o produtor a optar por manter sua mercadoria no Brasil, ao invés de exportar¨.
As exportações de frutas caíram 9% em receita em relação ao primeiro trimestre do ano passado, em razão da queda dos embarques para a União Europeia.
CNA