Disponível na Plataforma EAD do Programa do Cecafé o curso ensina como se adaptar às novas legislações da União Europeia
Imagem: Pixabay
Nos últimos anos, a União Europeia e alguns de seus países membros aprovaram legislações com enfoque socioambiental, que geram efeitos em toda a cadeia de fornecimento das empresas que importam e comercializam café em território europeu. Este é o caso da Lei Alemã de Diligência em cadeias de fornecimento (LkSG), do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), da Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D) e do Regulamento da UE relativo ao trabalho forçado.
As novas regras tornam obrigatório o processo de devida diligência socioambiental para empresas que atuam em território europeu e geram impactos em todos os países produtores de café ao redor do mundo. Para gerar mais conhecimento sobre o tema, a Plataforma EAD do Programa Produtor Informado do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) passa a contar, a partir de hoje, 29 de janeiro, com um curso específico sobre “Novas Regras de Comércio em Tempos de ESG”.
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De acordo com a diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSS) da entidade, Silvia Pizzol, o novo curso, desenvolvido no âmbito da iniciativa de ação coletiva “Bem-estar Social na Cafeicultura”, é fruto de cooperação entre o Cecafé, a Plataforma Global do Café Brasil e a Associação Alemã de Café (Deutscher Kaffeeverband – DKV) e seus parceiros de projeto JDE Peet’s, Melitta, Nestlé e ofi, que generosamente apoiaram o desenvolvimento deste curso.
“A União Europeia é o destino de quase 50% do café exportado pelo Brasil, por isso é importante que produtores, profissionais que atuam na cadeia produtiva e estudantes do setor aprimorem seus conhecimentos a respeito dos novos regulamentos, entendendo suas sinergias com a legislação socioambiental brasileira e as boas práticas em sustentabilidade na cafeicultura”, explica Silvia.
“O Brasil é a maior e mais importante origem para o mercado de café alemão. A nova legislação socioambiental transforma o setor cafeeiro e destaca que o diálogo dentro da cadeia de valor é essencial para que a sustentabilidade prospere. Agradecemos a cooperação com o Cecafé e a GCP Brasil na conscientização sobre a nova legislação”, destaca Charlotte Heyl, diretora de Sustentabilidade da Associação Alemã do Café.
Para a Plataforma Global do Café Brasil, o curso funciona como um complemento às ações da iniciativa ‘Bem-estar social’, relacionadas à conscientização dos atores da cadeia e ao cumprimento de regulamentações sociais, como saúde e segurança, direitos humanos e trabalho decente na cafeicultura.
“Com o curso, este conhecimento sobre as novas regras de comercialização, em importantes mercados que compram café do Brasil, poderá atingir não só produtores, cooperativas e outras entidades ligadas à produção, mas, também, equipes de sustentabilidade e pessoas envolvidas no trade/exportações, fazendo a mensagem chegar a todos os elos da cadeia”, destaca Vinícius Figueiredo, da Plataforma Brasil.
O curso é composto por sete aulas on-line, que abordam o conceito de devida diligência socioambiental, o EUDR, a LKSG, a CS3D, o Regulamento da União Europeia relativo ao trabalho forçado e as boas práticas socioambientais alinhadas à legislação brasileira, que tornam o café mais competitivo à exportação para a UE. A capacitação tem duração aproximada de 80 minutos e testes sobre cada tema. Ao final, é disponibilizado um certificado aos participantes que o concluírem.
Como acessar
Os cursos da Plataforma EAD do Produtor Informado podem ser acessados diretamente pelo aluno, de forma individual, em celulares, tablets e computadores, ou por técnicos de empresas exportadoras, cooperativas e outras instituições do setor, que podem organizar turmas de produtores para a realização das aulas.
A plataforma oferece ferramentas de acompanhamento e performance dos grupos como suporte para esses técnicos. As duas modalidades visam ampliar o acesso a conteúdo especializado sobre sustentabilidade na cadeia produtiva do café de todo o Brasil.
Quem acessa a Plataforma também encontra vários conteúdos extras à disposição, como cartilhas e planilhas básicas. Quando completados, todos os cursos dão direito a certificado.
Para acessar, o interessado deve ser vinculado a uma instituição parceira (confira aqui) do Programa Produtor Informado e preencher um cadastro, fornecendo informações como nome, CPF, e-mail e região da propriedade.
Produtor Informado
Criado em 2006 pelo Cecafé, com foco na inclusão digital de produtores, o Produtor Informado era amparado em aulas presenciais, ministradas aos cafeicultores em laboratórios de informática construídos nas zonas rurais.
Em 2015, a partir de parceria com a GCP, houve a inserção de novos conteúdos no curso, com destaque para práticas agrícolas sustentáveis, gestão social e ambiental. Com esse modelo mais recente, o Produtor informado capacitou cerca de 7 mil profissionais, de mais de 130 cidades, em seis Estados brasileiros.
Nessa nova fase, em 2024, o programa ganhou o formato de plataforma de ensino à distância (EAD), que é uma maneira de manter o legado do Produtor Informado, ampliar a disseminação de conhecimentos na cadeia produtiva do café e expandir o acesso à informação para milhares de produtores e profissionais do setor.
Cecafé
