Mesmo com La Niña, deve voltar a chover no Brasil em setembro

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Fenômeno climático não vai ser capaz de atrasar chuvas para o início da próxima safra

No momento, não há nenhum sistema atuante sobre o Brasil, o que mantém tempo aberto em praticamente todo país. As exceções seguem sendo a faixa litorânea do Nordeste, extremo norte da região Norte e áreas isoladas do Rio Grande do Sul. Até o fim da semana, não deve haver grandes mudanças neste panorama.

Nas instabilidades do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai, a chuva é fraca e não avança aos outros estados. “O que é uma condição muito boa em termos de desenvolvimento agrícola neste momento, já que o solo se encontra bastante úmido”, afirma Willians Bini, meteorologista da Agroclima.

No Centro-Oeste, o tempo seco está propício para a colheita do algodão que está em andamento. “Toda região central do Brasil segue com tempo seco, com temperaturas em gradativa elevação, e por enquanto, sem previsão de novas massas de ar frio capazes de derrubar as temperaturas nos próximos dias”, completa Bini.

Mesmo com La Niña, chuvas não vão atrasar

As chuvas devem voltar com mais força e maior amplitude em setembro. É possível afirmar que, mesmo com o fenômeno La Niña, as chuvas vão ocorrer sobre o Brasil, tanto no Sul quanto no centro-norte. “A segunda quinzena de setembro tem tudo para ser úmida no Brasil até mesmo na região mais ao norte”, diz Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima.

De acordo com Santos, as chuvas vão dar condições favoráveis para o plantio da nova safra de soja e para o florescimento do café, porém essas chuvas ainda não serão sinônimos da total regularização do regime de chuvas, que só devem ocorrer em meados de outubro em diante.

Para a transição de agosto para setembro, as chuvas vão ficar concentradas no Sul, onde também deve chover muito em setembro. “Muito cuidado com o plantio do arroz, do milho e a colheita do trigo que poderão ter muita umidade no Sul”, alerta Santos.

O La Niña vai se enfraquecer ao longo da segunda metade da primavera, e a tendência é que o verão seja marcado por chuvas mais regulares no Brasil, longe de ser o desastre da seca que foi no Sul na última safra.

Globo Rural

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