Cafés do Brasil exportaram, no primeiro semestre de 2017, na forma de café solúvel, extratos e concentrados 37.054 toneladas, equivalentes a 1,606 milhão de sacas de 60 kg, e obtiveram de receita cambial US$ 298,608 milhões. O volume do café solúvel representou cerca de 11% do total das exportações brasileiras de todos os tipos de cafés nesse período. E a receita cambial obtida teve um incremento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dez países que mais importaram café solúvel do Brasil, de um total de 93 nações, no primeiro semestre deste ano, foram os Estados Unidos, com 272,847 mil sacas de 60 Kg – primeiro lugar, seguido pela Rússia (261,743), Japão (135,581), Indonésia (94,438), Alemanha (59,300), Argentina (56,884), Reino Unido (52,089), Canadá (48,142), Ucrânia (40,474) e, em décimo lugar, Polônia, com 37,243 mil sacas, atingindo um volume equivalente a 1,029 milhão de sacas de 60kg, que corresponderam a 64% das exportações de solúvel.
Os dados do desempenho das exportações do café solúvel foram obtidos do Relatório do Café Solúvel de julho de 2017, da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel – ABICS, o qual contempla abordagens e análises sobre Exportações, Conilon na Bolsa de Mercado Futuro no Brasil, Recursos do Funcafé para Indústrias de Solúvel, Barreiras Tarifárias – Países prioritários para negociações tarifárias, Fator Ásia, entre outros. Citado Relatório do mês de julho e também de fevereiro de 2017 e novembro de 2016 encontram-se disponíveis na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
O Relatório de julho ressalta que o Brasil se mantém em primeiro lugar no ranking das exportações de café solúvel, seguido pela Malásia (2º), Vietnã (3º), Indonésia (4º), Índia (5º) e Tailândia (6º). E, ainda, que o Vietnã e China praticamente quadruplicaram suas exportações nos últimos quatro anos. Para a ABICS, “A perspectiva é que as exportações de solúvel fabricado na Ásia continuem crescendo, já que o continente possui diversos fatores que favorecem esse cenário, como o aumento do consumo em vários países e um amplo suprimento de café robusta produzido na Indonésia e no Vietnã”.
A ABICS enfatiza ainda que essa evolução dos países asiáticos gera apreensão para a indústria do café solúvel brasileiro, tendo em vista que as exportações de café solúvel, extratos e concentrados tiveram redução de 12,4% nas exportações no primeiro semestre deste ano, se comparado com o mesmo período de 2016. Ainda, segundo a ABICS, essa diminuição é preocupante já que ela ocorreu pela diminuição no número de contratos que deixaram de ser fechados no segundo semestre de 2016, que foi justamente no auge da crise de preços e abastecimento de conilon para a indústria, simultaneamente no período de renovações de contratos dos exportadores brasileiros.
Com isso o relatório aponta que, mantido esse desempenho, existe uma projeção de redução da exportação em torno de 500 mil sacas até o fim deste ano de 2017, patamar semelhante do café solúvel brasileiro exportado em 2014, o que pode fortalecer ainda mais o mercado asiático.
Para ler na íntegra o Relatório do Café Solúvel do Brasil de julho de 2017, da ABICS, clique aqui.
Consórcio Café