A semana passada encerrou com perdas nos contratos futuros do café. Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/2020 recuou 600 pontos até o dia 16 de janeiro, encerrando a sessão a US$ 1,1295 por libra peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/2020 fechou a US$ 1.314 por tonelada, acumulando queda semanal de US$ 31.
A força do dólar ante o real também foi motivo para o baixo desempenho. Na sexta-feira (17/01) o fechamento ficou em R$ 4,1912, o que implicou ganhos de 2,4% na semana.
Nesta semana a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra 2020/2021 de café do Brasil entre 57,15 milhões e 62,02 milhões de sacas de 60 kg, intervalo que representa altas de 15,9% a 25,8% na comparação com as 49,3 milhões de sacas colhidas em 2019.
No que se refere aos embarques, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) apontou que foram exportadas 40,6 milhões de sacas em 2019, batendo recorde histórico e sugerindo que o país é o responsável por garantir a oferta mundial do produto.
Já a Federação dos Cafeicultores da Colômbia comunicou que a safra do país somou 14,8 milhões de sacas, crescendo 9% sobre 2018, e as exportações chegaram a 13,7 milhões de sacas, com alta de 7%. Nos Estados Unidos, a Green Coffee Association (GCA) divulgou que os estoques de café verde caíram 89.142 sacas em dezembro, para 6,835 milhões de sacas.
Nesta segunda-feira (20/01) por conta do feriado do Dia de Martin Luther King as bolsas de Chicago e Nova York estiveram fechadas. Sem a referência da Bolsa de Nova York (ICE Future US) o mercado interno para a cultura do café tem tido um dia tranquilo no Brasil.
Segundo o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, o mercado interno costuma acompanhar o exterior e devido às baixas das últimas sessões em Nova York, os negócios no Brasil estão há dias operando de maneira mais lenta. “O mercado veio caindo em Nova York neste início de ano e isso praticamente travou o mercado físico brasileiro”, destaca o analista.
Café Point