O leilão dos 8 lotes finalistas do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, realizado no período de 26 de janeiro a 03 de fevereiro, vendeu todas as 36 sacas, arrecadando o valor total de R$ 54.648,99. O valor médio por saca ficou em R$ 1.518,03, quase o dobro do preço mínimo estipulado, de R$ 871,00 a saca (equivalente a 50% acima da cotação da BMF/Bovespa de 24/01).
As duas sacas do café campeão do concurso, produzido por José Alexandre Abreu de Lacerda no Sítio Córrego Pedra Menina, em Dores do Rio Preto (ES) estavam na categoria especial de microlote. O Grupo Café do Moço pagou R$ 4.200,00 por uma das sacas do café campeão. A outra saca do mesmo lote foi arrematada pelo Café Ghini por R$ 4.150,00.
Além do café campeão, o Grupo Café do Moço arrematou o lote de 6 sacas do produtor Evilásio Shigueaki Mori, de Cambira (PR), pagando R$ 2.000,00 por saca, totalizando R$ 12.000,00. Foi o maior valor de aquisição por saca, entre os lotes de café Natural e Cereja Descascado, o que rendeu à empresa o título de campeã na categoria Ouro.
Mas com a aquisição de sacas de diferentes lotes, o Grupo Café do Moço foi também o que mais investiu em qualidade, R$ 20.400,00, tornando-se campeão na Categoria Diamante. Eles compraram 1 saca do lote de Antônio Rigno de Oliveira (2º colocado) por R$1.800,00; 6 sacas do café do Evilásio Shigueaki Mori (8º colocado) por R$2.000,00 cada saca, e 2 sacas do café da Ceres Trindade (6º colocado) por R$1.200,00 cada saca
Destaque neste leilão foi a participação do Café do Guri, uma cafeteria chilena. O representante Thiago Saraiva pretendia arrematar o lote de 6 sacas do 2º colocado no concurso, o produtor Antônio Rigno de Oliveira, de Piatã (BA). Porém, após acirrada disputa conseguiu comprar metade do lote – 3 sacas.
Edição Especial
O leilão também contou com a participação de torrefações e cafeterias: Jardim Café,Piedi Rosso, Café Barisly, San Babila Café, Café Rancheiro, Bonblend Café, Il Barista, Café Mazzi, Vila Café e Grão Café.Todos os cafés serão agora industrializados e estarão à disposição dos consumidores a partir de abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.
Os cafés finalistas desta edição passaram, em dezembro, pelo crivo de um Júri Técnico, composto por provadores e especialistas, e em janeiro foram avaliados por um Júri Popular, integrado por consumidores em reuniões realizadas em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, estados produtores participantes do concurso. A pontuação do Júri Técnico correspondeu a 70% da nota final, e a do Júri Popular, a 15%. A soma incluiu também a nota de Sustentabilidade da Propriedade, equivalente aos 15% restantes.
Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o concurso, seguido de leilão, visa incentivar cafeicultores e empresas a investirem cada vez mais na alta qualidade do café que produzem ou adquirem. O objetivo é brindar os consumidores com cafés finos, instigando-os à experimentação da diversidade de aromas e sabores dos grãos brasileiros.