Total das exportações dos cafés brasileiros de janeiro a junho deste ano atinge 16,2 milhões de sacas
As exportações dos Cafés do Brasil no acumulado do período de janeiro de a junho do corrente ano atingiram um volume físico correspondente a 16,2 milhões de sacas de 60kg, as quais geraram US$ 3,5 bilhões de receita cambial para nosso País, sendo que o preço médio de cada saca vendida aos importadores foi o equivalente a US$ 218,5.
É interessante registrar que, a despeito de tais performances das exportações dos Cafés do Brasil, no período em foco, representarem números expressivos de faturamento do setor do agronegócio café, tais números, caso sejam comparados com o desempenho do setor no mesmo semestre do ano de 2022, revelam que houve uma queda expressiva no volume exportado e, por consequência, no faturamento. Tal queda registrada correspondeu a 18,9% do volume físico exportado, na comparação com o mesmo período anterior, haja vista que houve uma redução de aproximadamente 20 milhões de sacas para as 16,2 milhões citadas neste ano civil.
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Além disso, convém destacar nesta análise e divulgação da performance dos Cafés do Brasil que essa queda mencionada provocou também uma redução de 23,8% na receita cambial, e ainda no preço médio da saca em torno de 6%. As causas principais desses decréscimos podem ser atribuídas principalmente aos impactos na produção brasileira devido a adversidades climáticas verificadas em regiões produtoras nos anos 2021 e 2022, o que ocasionou queda nos embarques do final da safra anterior, a qual compreende o período de julho-2022 a junho-2023, principalmente do café da espécie arábica.
Neste mesmo contexto da avaliação das exportações dos Cafés do Brasil, no primeiro semestre deste ano, chama atenção o fato de que países produtores de café importaram o equivalente a 848,8 mil sacas de 60kg dos cafés brasileiros, certamente para suprir suas respectivas exportações e consumo interno. Assim, vale destacar a seguir cinco países produtores que adquiriram os Cafés do Brasil. No caso, o Vietnã, segundo país maior produtor de café do mundo, que importou 49,3 mil sacas, a Colômbia, que é o terceiro maior produtor de café do planeta, adquiriu 604,1 mil sacas de 60kg, além do México (66,2 mil sacas), República Dominicana (41,2 mil sacas) e Indonésia (40,5 mil sacas).
Para o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafe, conforme os vários dados, números e análises do setor do agronegócio café, constantes do seu Relatório mensal – junho 2023, documento que também está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, o desempenho das exportações de café no primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior, equivalente em Reais, ou seja, Receita Cambial R$ FOB Mil, totalizou R$ 17,9 bilhões de Reais, valor que representa um decréscimo de 23,8% na comparação com o mesmo faturamento no mesmo período anterior.
Expandindo esta análise para o ano safra, de julho-2022 a junho-2023, constata-se que os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil foram, em ordem decrescente: EUA, em primeiro, com a aquisição de 6,8 milhões de sacas de 60kg, seguido da Alemanha, que importou 5,1 milhões de sacas.
Na sequência, vêm Itália, com a importação de 2,9 milhões de sacas; Japão, com 2 milhões de sacas; Bélgica, em quinto, com 1,8 milhão de sacas. Do sexto ao décimo lugares, destacam, a Colômbia (1,7 milhão de sacas); Turquia (1,1 milhão de sacas); Holanda (1 milhão de sacas); Argentina, com a importação 883, mil sacas, e, por fim, em décimo lugar, a Coreia do Sul, que adquiriu o equivalente a 870,4 sacas de 60kg dos Cafés do Brasil.
Embrapa Café