Governo do Estado vai estabelecer roteiros para as missões técnicas internacionais nas três origens: Montanhas, Caparaó e Conilon
Na manhã desta segunda-feira (18), o Governo do Estado do Espírito Santo, representado pelo secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, e o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch, realizou reuniões com a Organização Internacional do Café (OIC) e a Embaixada do Brasil, em Londres, para discutir encaminhamentos e proposições sobre os impactos do regulamento europeu em relação ao mercado internacional de café na União Europeia, que terá um novo grau de exigência em relação à sustentabilidade dos processos de produção.
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No primeiro encontro, na sede da Organização Internacional do Café (OIC), em Londres, com a presença da diretora Executiva da organização, Vanúsia Nogueira, foram discutidos os impactos e a proposição de estratégias sob o ponto de vista dos países produtores de café. Embora a rastreabilidade total para o comércio de café na União Europeia passe a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2025, os procedimentos quanto ao estabelecimento de plataformas de controle e verificação em relação ao desmatamento precisarão estar definidos e testados até meados de 2024.
Ficou definido na reunião que o Governo do Estado e a OIC vão manter estratégias e procedimentos de consenso no posicionamento e no estabelecimento de controle, que serão a base para a comercialização dos cafés brasileiros e do Espírito Santo para a União Europeia, um mercado que pode representar quase a 50% do volume das exportações nacionais do produto.
Na Embaixada do Brasil, os representantes do Governo do Espírito Santo foram recebidos pelo representante Permanente do Brasil nas Organizações Internacionais em Londres (Rebraslon), José Augusto Andrade. Na ocasião, ficou acordada a ampliação de visitas técnicas de membros da União Europeia às regiões de cafeicultura do Brasil, no sentido de se demonstrar os processos de sustentabilidade já adotados no País.
No caso do Espírito Santo, o Governo do Estado vai estabelecer roteiros para as missões técnicas internacionais nas três origens: Montanhas, Caparaó e Conilon. A partir desses roteiros, a Organização Internacional do Café e a Rebraslon vão articular com as entidades e consultores que estão envolvidos no processo de construção dos requisitos de implementação do regulamento europeu.
“Por tudo que representa o café para a economia rural do Espírito Santo, o estabelecimento de parcerias internacionais com a OIC e a Diplomacia Brasileira em defesa do nosso setor produtivo é fundamental não só para a garantia e a ampliação do comércio exterior, como é o caso da União Europeia, mas para a permanência no mercado dos mais de 75 mil cafeicultores e cafeicultoras do Estado”, afirmou Enio Bergoli.
O consumo global do café continua a crescer e o café capixaba, em especial, tem um grande potencial a ser explorado. O café se estabeleceu como uma das commodities mais negociadas internacionalmente e as tendências atuais do mercado impulsionam a demanda com foco na sustentabilidade. “O Espírito Santo, pelo seu protagonismo na produção cafeeira nacional e pela implementação do maior Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, não poderia deixar de contribuir nesse momento fundamental de discussão de regras e critérios de implementação do regulamento europeu”, comentou Michel Tesch.
Ao final do encontro, os representantes da OIC e da Rebraslon foram presenteados com cafés especiais produzidos nas três origens capixabas: Montanhas, Caparaó e Conilon. Ainda nesta semana, o secretário Enio Bergoli, acompanhado do subsecretário Michel Tesch, vai participar do Swiss Coffee Forum & Dinner, em Basel, na Suíça, um dos maiores encontros de negócios do setor cafeeiro no mundo. Na oportunidade, também serão discutidos os processos de sustentabilidade da cafeicultura.
Seag