O consumo global de café deve avançar para um novo recorde, embora a produção deva cair 3,1%, para 169,1 milhões de sacas de 60 kg, com o Brasil entrando em um ano de baixa de seu ciclo bienal de produção, afirmou nesta sexta-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
Enquanto o consumo mundial deverá crescer 2,5%, para uma máxima recorde de 167,9 milhões de sacas, as importações globais tendem a avançar apenas 0,1%, à medida que a demanda é coberta por uma redução nos estoques, disse o USDA em seu relatório bienal.
O USDA estima os estoques finais mundiais em 33,5 milhões de sacas, ante 36,4 milhões de sacas em 2018/19, com uma redução particularmente brusca no Brasil, Indonésia e União Europeia.
Esses estoques compensariam o declínio esperado para a produção mundial, liderado pela retração no Brasil, onde a produção é vista em 59,3 milhões de sacas, contra uma máxima recorde de 64,8 milhões de sacas em 2018/19. A produção de café arábica no Brasil deve cair para 41 milhões de sacas, ante 48 milhões de sacas, devido à bienalidade negativa.
A estimativa para a produção colombiana foi mantida estável, em 14,3 milhões de sacas, enquanto a produção de América Central e México também é vista inalterada, em 19,1 milhões de sacas.
Já o Vietnã, maior produtor mundial do café robusta, deve ter um avanço de 100 mil sacas em sua produção, para um recorde de 30,5 milhões de sacas.
Reuters