O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, com seus associados, representou 96% dos embarques do produto nacional no ano passado
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) intermediou, junto ao Governo do Estado do Espírito Santo, a vinda de dirigentes de entidades dos Estados Unidos e da Europa, que vieram conhecer as práticas ambientais, sociais e de governança da cafeicultura capixaba. A visita colocou o Espírito Santo e o Brasil em posição de destaque diante da implementação das novas regras globais estabelecidas para o comércio no que tange à sustentabilidade.
Nomes de peso estiveram no Espírito Santo, como Bill Murray, que é presidente da National Coffee Association USA (Associação Nacional do Café dos Estados Unidos), responsável por dialogar com representantes do Governo Americano no que diz respeito às demandas exigidas para os cafés consumidos nos Estados Unidos, o maior consumidor do grão do mundo.
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Hannelore Beerlandt, uma das principais interfaces com o parlamento europeu, que faz parte de uma força-tarefa da Organização Internacional do Café (OIC) para pautas ligadas à sustentabilidade, no sentido de mostrar para Europa, onde a legislação é mais rígida agora, que a cafeicultura no Brasil trabalha na direção certa, também esteve em terras capixabas, além da brasileira Vanusia Nogueira, diretora-executiva da OIC, em Londres.
O presidente do Cecafé, Márcio Cândido Ferreira, informou que a comitiva pôde conhecer de perto a realidade que o setor cafeeiro capixaba vive. “A comitiva ficou impressionada, de forma positiva, com tudo o que viu aqui. A ação foi pragmática e importante, porque sabemos que a pauta ambiental vai ser muito debatida nos fóruns internacionais. Temos orgulho de dizer que o Cecafé é considerado, hoje, uma referência para o agro brasileiro nas ações que promovemos voltadas à sustentabilidade”, comentou o presidente.
A comitiva passou por propriedades que produzem café conilon no Noroeste do Estado, e arábica nas regiões Sul, Serrana e Caparaó, além de conhecerem a Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Venda Nova do Imigrante, esta última, que desenvolve estudos importantes para o desenvolvimento cafeeiro.
E falando em pesquisa, o Cecafé vem trabalhando junto ao Governo do Estado e outras instituições em estudos sobre carbono zero no Espírito Santo, reforçando como a cafeicultura é sustentável. Todas as ações estão acontecendo desde o início do ano e a vinda de líderes internacionais, que conversam com os parlamentos na Europa e nos Estado Unidos, teve como propósito mostrar o café capixaba para que, lá fora, testemunhem o que presenciaram durante as visitas.
“O Brasil é liderança em sustentabilidade no mundo inteiro, inclusive essa é a razão de a Europa e os Estados Unidos estarem exigindo muito de nós, porque sabem o que o país pode entregar, ao contrário de outras origens que não tem estrutura para entregar tanto quanto demandam de nosso país. O Brasil é considerado o carro-chefe, então, se ele fizer, os outros virão a reboque e terão que fazer também”, frisou o presidente do Cecafé, pontuando que, segundo a legislação, aqueles que não tiverem boas práticas não poderão participar do mercado consumidor.
Atuação do Cecafé
No ano passado, o Cecafé e seus associados representaram 96% das exportações nacionais de café. Esse número, inclusive, deve aumentar com a entrada da Cooabriel e da Nater Coop, as duas principais cooperativas capixabas, o que reverberará em maior volume de embarques do produto brasileiro pelos associados.
O Cecafé faz parte do Instituto Pensar Agro (IPA), um braço do agro brasileiro, que oferece suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária, que hoje representa cerca de 342 parlamentares, ou seja, número que corresponde a mais da metade do Senado e da Câmara dos Deputados.
Redação Campo Vivo