O setor de café solúveis ainda não sentiu os impactos da pandemia do Coronavírus. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (ABICS), foram registradas alguns problemas pontuais de logística no início da pandemia, mas a situação já pode ser considerada normalizada. De acordo com Aguinaldo José de Lima, Diretor de Relações Institucionais, havia uma expectativa no início deste ano em relação ao aumento de consumo para a bebida, mas que a indústria já considera que isso pode não ser possível por conta da pandemia.
As exportações brasileiras de café solúvel bateram recorde em 2019, chegando a 91,96 mil toneladas, cerca de 4 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume representa um aumento de 7% em relação a 2018, quando as vendas externas atingiram 85,97 mil toneladas, equivalente a 3,72 milhões de sacas. A expectativa do setor era um aumento de 5% em cima dos valores históricos. “A base é muito pequena e ainda não dá para saber o que vai acontecer, mas já se aceita com naturalidade se essa alta não acontecer”, afirma Aguinaldo.
Do lado da produção, Aguinaldo afirma que não foram registrados impactos negativos para o setor. “As empresas não registraram nenhum tipo de prejuízo e todas adotaram as medidas de cuidado necessárias para o momento”, confirma. Entre as medidas adotadas, afirma que funcionários do grupo de risco do Covid foram afastadas e dentro das possibilidades, funcionários passaram a trabalhar em sistema de home office.
A comercialização do café solúvel se mantém dentro do que era esperado para o período. De acordo com a Abics, não foram registrados solicitações de cancelamentos de pedidos e alguns problemas pontuais com containers foram registrados quando o pico da pandemia atingia a China, mas já foram normalizados. “Nós tivemos pedidos de antecipação de entregas”, destaca. Explica ainda que os pedidos foram feitos principalmente por compradores da Europa, logo após a população fazer o estoque de alimentos principalmente na Itália.
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