Café com Sustentabilidade é tema de debates no 11º Simpósio Estadual em Vitória

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Café com Sustentabilidade foi um dos temas abordados durante o 11º “Simpósio Estadual do Café e VIII Feira de Insumos”, que começou na última terça (26) e terminou nesta quinta-feira (28), em Vitória. Foram três dias de evento, que contou com mais de 200 pessoas, incluindo produtores e técnicos rurais, pesquisadores e dirigentes de instituições públicas e privadas ligadas à cafeicultura local e nacional.

Nesta edição do Simpósio, o destaque foi a importação de café, com foco na competitividade do café solúvel brasileiro, além da comercialização de microlotes de cafés especiais, com um painel específico sobre tecnologias e conjuntura.

O último dia de evento contou com o painel: “Tecnologia e Conjuntura”. Para isso, o pesquisador do Incaper André Guarçoni Martins orientou os presentes a respeito de “Interpretação e Análises de Solos e Folhas do Cafeeiro”. Nutrição adequada para o café; condições de deficiência e suas causas e consequências; e alguns princípios de aplicação e fontes de micronutrientes foram alguns dos pontos abordados para o público. Em seguida, o técnico da Fertilizantes Heringer Leonardo Paresqui deu explicações técnicas sobre a “Correção e Fertilização nas lavouras de café”.

Na ocasião, o Presidente do Incaper, Marcelo Coelho, lembrou que este é um evento com alta relevância para o setor do agronegócio capixaba. “A nossa cultura do café se destaca de uma forma extraordinária, impulsionando a economia capixaba nesse momento em que o mercado cafeeiro está mudando, bem como os seus consumidores. Uma nova geração está chegando com força e precisamos firmar essa ligação entre eles, os cafés especiais e a sustentabilidade”.

Na mesa de debate com o público, várias dúvidas sobre cafeicultura foram levantadas e foram respondidas pelo diretor técnico do Incaper, Mauro Rossoni Junior, pelo engenheiro agrônomo do Incaper e coordenador do evento (Cetcaf), Marcos Moulin Teixeira, pelo pesquisador André Guarçoni e técnicos da Fertilizantes Heringer.

Para Mauro Rossoni, ainda existem questões no setor cafeeiro que devem ser alinhadas, no que se refere às demandas dos produtores rurais. “Nossas metas de atendimento devem estar sempre alinhadas. O nosso instituto se organiza constantemente em busca de alinhar todos eventos e outras agendas voltadas a atender todas demandas da cafeicultura e auxiliar os produtores rurais. Quero aproveitar e chamar atenção novamente ao maior edital de pesquisa da história do Espírito Santo e o segundo maior do Brasil nos últimos dois anos, o ‘Edital de Pesquisa Agropecuária’. Os resultados de um investimento de 14 milhões já começam a aparecer. Isso tudo, graças a um trabalho que foi construído de forma unificada, em que conseguimos conversar com diversos segmentos”, lembrou.

De acordo com Marcos Moulin (Incaper/Cetcaf), as expectativas foram atendidas com sucesso no evento. “Conseguimos alcançar o principal objetivo do simpósio, que é gerar uma ampla discussão da comunidade científica com os diversos setores da cadeia produtiva do café para garantir o aumento da competitividade, melhoria da qualidade do produto e a sustentabilidade do setor cafeeiro”, afirmou.

O cafeicultor de Aracruz, há mais de 40 anos, José Carlos Ambrozini, contou que o evento foi uma grande oportunidade atualizar o seu conhecimento. “Ano que vem espero estar aqui novamente. O mundo muda constantemente e a cafeicultura também”.

Outra mesa de debate sobre a cafeicultura estadual foi aberta, com representantes do BANDES e da Cooabriel.

Para abrilhantar mais o evento, produtores rurais participaram do sorteio de uma máquina de café da Fazenda Venturim e de dez livros “Café Conilon”, publicação que está em sua 2ª edição – atualizada e ampliada –, arcabouço da pesquisa científica em café conilon reunido em uma única obra organizada pelo Incaper.

Além disso, durante toda a programação houve a livre visitação aos estandes da feira, além de um amplo intervalo para uma mesa de café.

Realizadores:

O simpósio acontece duas vezes por ano – no Palácio do Café, em Vitória. É realizado pelo Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf) em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e demais parceiros ligados à cadeia produtiva do café.

Incaper

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