Café: Após quedas expressivas, mercado volta a subir em Nova York

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Após encerrar a última sessão com quedas expressivas, o mercado futuro do café arábica iniciou a terça-feira (4) com altas de mais de 400 pontos nos principais contratos.

Às 09h10 março/20 registrava valorização de 340 pontos, cotado a 101,30 cents/lbp, maio/20 tinha alta de 340 pontos, valendo 103,60 cents/lbp, julho/20 registrava alta de 340 pontos, cotado a 105,90 cents/lbp e setembro/20 valorizava 345 pontos, cotado a 108,05 cents/lbp.

Na última sessão as cotações registraram baixas que preocuparam o setor por conta dos valores tão abaixo do esperado. O analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, afirma que em termos de fundamentos o mercado não tem justificativa para quedas tão expressivas. Segundo o analista, as chuvas das últimas semanas estão repercutindo fora do Brasil, porque operadores acreditam que possa ter um aumento de grãos para a safra em desenvolvimento. “As chuvas foram boas, mas não significam um aumento tão expressivos de grãos”, destaca.

Além dos volumes expressivos de chuva, todo o setor financeiro mundial ainda sentem os impactos do Coronavírus. “As preocupações com a demanda também estão pesando nos preços do café devido à disseminação do coronavírus chinês. A Starbucks disse que fechou mais da metade de suas lojas na China continental, cerca de 2.000 lojas, e o McDonald’s fechou várias centenas de lojas na China devido ao vírus, o que é negativo para a demanda de café”, afirmou o site internacional Barchart.

Mercado interno

No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e o dia também foi marcado por quedas nas principais regiões produtoras do país. Eduardo afirma que diante do cenário com preços abaixo do que é esperado, o mercado interno segue travado, com baixa nos negócios fechados.

“Chega em um momento em que a situação começa a ficar preocupante e os negócios ficam bem abaixo da média do que é esperado para o período. Os produtores que deixaram para vender o que resta de sua produção no início de 2020, no novo ano fiscal, não se mostram dispostos a vender nos preços oferecidos”, afirma o analista. Segundo Eduardo, os valores estabelecidos nesta segunda-feira (3) além de ficar abaixo do que é esperado, de uma maneira geral, não suprem as necessidades dos produtores.

O tipo 6 duro registrou desvalorização de 4,17% em Guaxupé/MG, cotado por R$ 460,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,17%, valendo R$ 450,00. Patrocínio/MG registrou baixa de 1,09%, cotado a R$ 455,00.  Espírito Santo do Pinhal/SP teve desvalorização de 2,13%, cotado a R$ 460,00. Franca/SP teve baixa de 2,17, negociado por R$ 450,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 490,00, assim como Araguarí/SP que manteve o valor de R$ 480,00.

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