Na terça-feira, 10 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) atualizou sua previsão para a safra 2018 de café no Brasil. A entidade apontou uma produção recorde de 57,3 milhões de sacas de 60 kg, sendo 43,2 mi/scs referentes à variedade arábica e as outras 14,3 milhões à robusta.
Para Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que representa as principais cooperativas cafeeiras do País, os números do IBGE vêm ao encontro da expectativa do setor e evidenciam que o Brasil não colherá uma supersafra.
“Temos observado muitos especuladores superestimando a safra brasileira, para além de 60 milhões de sacas, com o intuito de depreciar as cotações e adquirirem o produto a preços baixos. Contudo, os estudos dos órgãos governamentais, como IBGE e Conab, desmentem essas especulações”, analisa. A Conab estimou a safra brasileira de café em 58 milhões de sacas no mês de maio.
Segundo Brasileiro, a safra atual será maior em função do ciclo bienal da variedade arábica e da melhoria do clima, principalmente no Espírito Santo, maior produtor nacional de robusta. “Uma supersafra, no entanto, está descartada”, pondera. O presidente do CNC conclui que o Brasil, com o volume a ser produzido em 2018 e seus estoques, possui condições de honrar seus compromissos com exportações e consumo interno.
Conselho Nacional do Café