A área total cultivada no país com café (arábica e conilon) totaliza 2,16 milhões hectares, equivalente à cultivada em 2018. Desse total, 319,72 mil hectares (14,8%) estão em formação e 1,84 milhão de hectares (85,2%) em produção.
Na atual safra, a área em produção foi reduzida em 1,1%, enquanto a área em formação aumentou 8,7% em relação à safra passada. Por se tratar de uma safra de bienalidade negativa, é normal que os produtores aproveitam para realizar tratos culturais nas lavouras e, consequentemente, diminuir a área em produção.
A área de café para esta safra é praticamente igual à de 2018. Nos últimos anos, vem apresentado redução e é notório que esse comportamento ocorra em virtude do ganho de produtividade que os produtores têm alcançado, tendo em vista a aplicação de novas tecnologias nessa cultura.
É possível perceber que a queda de área é uma tendência, tanto em estados com menor área cultivada quanto nos maiores, como é o caso do Espírito Santo. Dos principais estados produtores, apenas Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro apresentam ganho na área cultivada no período de 2001 a 2019.
Na região da Zona da Mata, em Minas Gerais, houve uma diminuição da área em produção, já que parte das lavouras precisou ser reformada (renovação, podas, substituição).
A redução da área produtiva na Bahia de café se deve principalmente à erradicação de lavouras de café que foram abandonadas ou substituídas por pastagens para a criação de bovinos, grãos e outras lavouras frutíferas, o insucesso dessas lavouras se deve à falta de técnicas apropriadas de produção e à maior rentabilidade de outras culturas.
Enquanto que o aumento da área em formação se deve ao plantio de novas áreas em algumas regiões, impulsionado pelos bons resultados das últimas safras.
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