Operação de combate à clandestinidade apreende mais de 22 mil ovos no ES

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Foto: Idaf

Foto: Idaf

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) apreendeu 22.400 ovos (de galinha e de codorna) sem o registro no serviço de inspeção oficial, que é obrigatório. A ação, realizada em parceria com a Polícia Militar Ambiental, aconteceu durante o fim de semana, em Pedro Canário, na divisa do Espírito Santo com a Bahia.

Esta é a terceira operação realizada pelo Idaf nos últimos dias após denúncia anônima de que ovos não inspecionados estariam sendo comercializados em regiões da Bahia. Foram retirados de circulação quase 400 mil ovos em situação irregular.

Dos cinquenta e um veículos parados na operação, quatro estavam transportando ovos e um deles estava irregular. Os responsáveis pelas cargas foram multados. “Não podemos correr o risco de expor a população com alimentos cuja procedência não pode ser identificada”, disse a médica veterinária Flaviane Castro.

Ovos inspecionados

Todo produto de origem animal deve, obrigatoriamente, ser registrado no serviço de inspeção oficial, que pode ser municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). Os alimentos processados de forma clandestina não adotam as exigências sanitárias preconizadas pela legislação, colocando em risco a saúde do consumidor. No caso dos ovos, a contaminação por salmonela é a mais comum, podendo acarretar problemas intestinais graves em quem eventualmente consumir o produto.

Outras apreensões

Durante a operação, também foram multados os proprietários de três veículos que seguiam para a Bahia transportando bovinos e equinos sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte.

Orientação

Além das ações de fiscalização, o Idaf também tem realizado encontros com os produtores e comerciantes para orientar sobre as exigências legais para o transporte de ovos. Na última quinta-feira (18), uma equipe do Instituto esteve nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) e uma reunião está agendada para esta sexta-feira (26), no Escritório Central, em Vitória, com o objetivo de orientar toda a cadeia produtiva para que possam trabalhar de forma legal e segura.

“O Idaf tem focado muito no papel de educação e orientação junto aos produtores. O nosso intuito é garantir que o Estado possa desenvolver sua produção, gerando emprego e renda, mas de forma harmônica com a preservação ambiental e a inocuidade dos alimentos que chegam à mesa da população”, explicou Luciana Fischer Gaspar, médica veterinária do Instituto, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola.

Outra orientação importante é que os ovos devem ser transportados e comercializados em caixas próprias com a devida identificação do serviço de inspeção. “Cada estabelecimento tem sua própria caixa e elas não podem ser distribuídas para outros produtores, por exemplo”, alerta a médica veterinária.

Francine Castro

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