Nos próximos dias o Ministério da Agricultura deve publicar no Diário Oficial da União uma instrução normativa, que deve tornar a prevenção da influenza aviária mais eficiente. Entre as medidas, consta a exigência de colocação de tela em galpões de aves poedeiras, e não apenas nas de corte como já era previsto, e prazo para estabelecimentos avícolas apresentarem requerimento de registro junto ao serviço veterinário estadual.
“O Brasil é um grande produtor de aves e exporta para mais de 160 países, o equivalente a 37% do volume mundial desse mercado. Portanto, nós temos que criar condições para evitar que a doença chegue ao país ou que seja minimizada, cuidando com toda a atenção e fazendo o monitoramento”, disse o ministro da agricultura, Blairo Maggi.
Maggi observou que está sendo dado prazo aos produtores para todos se adequarem às novas exigências. A assinatura do normativo foi feita durante reunião na Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em São Paulo. “Expliquei que, mais importante do que ter uma norma, mais do que o dinheiro que as empresas do setor vão investir e o Mapa se adequar a esse planejamento, é o convencimento de cem por cento das pessoas envolvidas na avicultura de que o objetivo é proteger o setor, o seu patrimônio e o mercado que foi conquistado lá fora”, relatou o ministro depois do encontro.
Maggi enfatizou tratar-se de medidas preventivas e falou também de penalidades previstas no caso de descumprimento. “Aquilo que é controlável, vamos fazer, vamos nos antecipar”. A determinação, segundo ele, é “de que quem descumprir prazo, não poderá comercializar”.
O presidente-executivo da ABPA, ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, lembrou que 700 mil toneladas estão sendo retiradas de 45 países que notificaram a ocorrência da gripe aviária.
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