Depois de fechar 2018 com um dos melhores resultados do ano, tanto em termos de volume como de receita cambial, as exportações de carne de frango iniciaram novo exercício registrando forte revés: comparativamente ao mesmo mês do ano passado, os embarques de janeiro de 2019 recuaram 15%, enquanto a receita foi 13% menor.
Considerados os quatro principais itens exportados – cortes de frango, frango inteiro, carne salgada e industrializados de frango – o volume do mês resumiu-se a 274,5 mil toneladas, retrocedendo mais de 20% em relação às 343,6 mil toneladas de dezembro/18.
À primeira vista, esse volume ainda supera o que foi exportado em abril e junho de 2018 (respectivamente, 247,3 mil/t e 230,4 mil/t). É interessante rememorar, no entanto, que naquela época a SECEX/MDIC atualizava seus sistemas de captação de dados e, em decorrência, embarques de um mês só foram contabilizados no outro. E isso aceito, as exportações de janeiro de 2019 corresponderam ao menor volume dos últimos quatro anos, somente superando nesse período as 271 mil toneladas de janeiro de 2015.
Por ora, porém, esses fracos resultados não têm um significado maior. Pois, tradicionalmente, os menores embarques de cada exercício ocorrem, com raras exceções, no mês de janeiro. Tanto que, na média dos últimos 19 anos (2000 a 2018), janeiro respondeu por 7,22% dos embarques do ano, vindo na sequência os meses de fevereiro (7,42%) e abril (7,89%).
De toda forma, não deixa de ser preocupante constatar que os embarques acumulados nos 12 meses encerrados em janeiro de 2019 (gráfico abaixo, à direita) correspondem ao menor volume de todo um qüinqüênio. E se, em comparação a idêntico período encerrado em janeiro de 2015, o volume atual é apenas 0,05% inferior, a receita cambial daí resultante já registra recuo de 18,34%.
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