Ciclo de palestra do Qualificaves teve início nessa quarta-feira (5)

0

palestra qualificavesO ciclo de palestras do Programa Anual de Capacitação de Avicultores – Qualificaves Postura Comercial 2017, realizado pela Coopeavi em parceria com a Aves, teve início nessa quarta-feira (5). O primeiro módulo teve como tema o “Controle de moscas e tratamento adequado de esterco” e reuniu cerca de 50 participantes em Santa Maria de Jetibá. O curso foi ministrado pelo médico veterinário da Coopeavi, Tarcísio Simões, que é mestre em Zootecnia pela URFJ e Especialista em Avicultura e Postura.

As moscas mais comuns e que são abordadas no curso são as do tipo “musca doméstica” e “varejeiras” (califorídeos e sarcofagídeos). Tarcísio explica que o controle desses animais deve ser feto por questões relacionadas à transmissão de doenças, incômodo, diminuição na qualidade dos ovos por sujidades depositadas pelas moscas, além de prejuízos e incômodos aos vizinhos.

 “Depois de alimentadas, as larvas buscam a parte mais seca do esterco ou o solo onde se transformam em pupas. Após 5 a 6 dias, nascem as moscas adultas. As larvas só se criam no esterco úmido ou molhado (com umidade acima de 50%) e sob a temperatura de 30°C, as moscas podem completar o ciclo de vida (de ovo a adulto) em apenas dez dias”, afirma Tarcísio.

As moscas se reproduzem rapidamente num curto período de tempo. Elas são capazes de pôr até 120 ovos por cerca de oito vezes em seu tempo de vida, que pode variar de 25 a 45 dias. Os ovos das moscas eclodem em menos de 24 horas e as larvas se desenvolvem em 4 ou 6 dias.

“Existem alguns fatores facilitadores para o desenvolvimento desses animais tais como temperatura, sujidade (esterco, ração, aves mortas e ovos quebrados), além de umidade”, destaca o palestrante.

Nas esterqueiras, Tarcísio orienta a nunca deixar o material descoberto e sempre em movimento, podendo fazer uso de atrativos orgânicos e outros como “Agita”, por exemplo. Em galpões automáticos o uso de “Agita” é feito na cabeceira das estruturas. O galpão deve ser mantido sempre varrido e também pode ser feito o uso de atrativos orgânicos.

“O foco da avicultura é a criação de galinhas e não de esterco. É importante que sejam utilizadas camadas de serragem, palha de café e cal para cobrir o esterco. O ideal é utilizar a primeira camada de cal para secar o solo e evitar umedecer a serragem. A segunda camada de serragem e café deve ser posta em seguida de maneira generosa. Duas vezes por semana deve-se jogar serragem sobre o esterco até iniciar o encastelamento. Deve-se tomar cuidado com o cal virgem pois o mesmo pode pegar fogo em contato com a serragem”, lembra o veterinário.

Ao final da palestra Tarcísio falou um pouco sobre o telamento dos galpões na avicultura estabelecido pela IN 56, e a chegada da IN 8, que determina que os galpões californianos também necessitam do telamento e estabelece prazo de um ano e meio a contar a partir de março de 2017 para que o procedimento seja efetuado. Essas telas devem no máximo a malha mínima de uma polegada ou 2,54 cm. Essas telas podem ser de fios de nylon ou de polietileno, com rolos de 2,8m x 70m (196m²).

“As vantagens dessa tela estão na facilidade que podem ser lavadas, leveza e flexibilidade. Elas possuem 5 anos de garantia, alta resistência a rasgos ou esgarçamento, podem ser flambadas e possuem um custo baixo”, finaliza.

Redação Campo Vivo com informações de assessoria

Compartilhar:

Deixar um Comentário