A posição ocupada há décadas pela Arábia Saudita como país líder na importação de carne de frango do Brasil (com alguma alternância episódica com o Japão) pode ter novo ocupante até o fechamento do corrente semestre. Porque as importações chinesas vêm crescendo e se solidificando de tal forma no decorrer de 2016 que (consideradas também as importações de Hong Kong, território especial chinês) acumulam nos cinco primeiros meses do ano volume apenas 3% menor que o destinado aos sauditas.
Entre janeiro e maio deste ano a carne de frango destinada a Arábia Saudita somou 314.134 toneladas, volume 10% superior ao de idêntico período de 2015. Mas o crescimento das importações chinesas foi bem mais expressivo – de 77%. Isso, a despeito da estabilização das importações de Hong Kong (redução de apenas 0,05%), fez com que a carne de frango remetida ao mercado chinês somasse 304.145 toneladas – diferença de menos de 10 mil toneladas em relação à Arábia Saudita.
Mas, senão no volume, os chineses já ocupam uma liderança: a de principais geradores da receita cambial da carne de frango brasileira. Pois, somadas, as receitas propiciadas por China e Hong Kong chegam aos US$480 milhões e, assim, superam em quase 5% a receita cambial da Arábia Saudita.
A novidade do atual quadro de principais importadores, relativo ao período janeiro-maio de 2016, é a presença da Rússia na décima posição, lugar que até abril era ocupado por Cingapura.
De toda forma (e apesar do aumento de 62% no volume importado) a posição russa não é definitiva, pois outros três países (Coreia do Sul e Reino Unido, além de Cingapura) registram no momento volumes de importação muito próximos, em torno das 38 mil toneladas.
Por sinal, o Reino Unido – que, em volume, ocupa no momento a 13ª posição – sobe, em receita cambial, para o sexto posto. Já a África do Sul – que, em volume, ocupa o sexto posto – cai em receita cambial para o 16º posto.
Avisite