por Douglas Guedes*
O crescimento do número de ocorrências tem fatores climáticos, mas há indícios de ações criminosas
As mudanças climáticas têm se manifestado de forma cada vez mais intensa, devido a fatores como o aumento da temperatura global e a diminuição da umidade relativa do ar. Aliadas a ondas de calor frequentes e períodos de seca prolongada, criam um ambiente ideal para a propagação de incêndios, intensificando os danos causados ao meio ambiente e às comunidades locais.
Além dos desafios naturais, há o fator agravante da ação humana. Há relatos de indivíduos que, de maneira irresponsável, ateiam fogo em diversas áreas de floresta nativa e/ou áreas de plantio, de maneira intencional. Tais práticas não só prejudicam a biodiversidade, mas também representam um risco para a segurança pública e a economia local.
No período de janeiro a abril deste ano, a Suzano registrou um número de boletins de ocorrência relacionados a incêndios em suas áreas florestais que foi, em média, quatro vezes maior que o de igual período do ano anterior. O registro dos boletins leva em conta o fato de que a grande maioria das ocorrências apresenta indícios de ter origem criminosa, com o propósito de destruição e associada a atividades ilícitas: produção ilegal de carvão, furto de madeira, ocupação indevida de terras, entre outras.
Sensível ao cenário, a companhia mantém o programa “Guardiões da Floresta”, que visa proteger suas áreas e as comunidades vizinhas. Por meio do canal, é possível reportar incidentes pelo número 0800 203 0000 ou via WhatsApp, facilitando a comunicação e o rápido atendimento das ocorrências. A ação se soma a outras estratégias, como brigadistas treinados e uma central de operações que monitora as áreas 24 horas por dia.
O combate eficaz aos incêndios florestais requer um esforço coletivo e integrado. É essencial que as autoridades, organizações e as comunidades trabalhem em conjunto para tratar a questão de forma eficiente, visando reduzir as graves consequências desses eventos para a sociedade e o meio ambiente.
*Douglas Guedes, gerente executivo de Inteligência Patrimonial da Suzano
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