Alagamentos em Aracruz foram provocados por rompimento de 33 barreiras, diz prefeito

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O prefeito em exercício de Aracruz, Jones Cavaglieri, revelou que 33 barragens se romperam no município desde a última segunda-feira. Os incidentes foram responsáveis pelo alagamento da zona rural de Aracruz nesta terça e quarta-feira. A chuva forte que atingiu a região contribuiu para o rompimento das represas. O local mais afetado foi o distrito de Jacupemba, onde a água chegou ao teto de residências.

Nesta manhã, técnicos da Defesa Civil estadual, do Instituto Estadual do Meio Ambiente e das Secretarias de Agricultura e Saúde percorrem as localidades afetadas para avaliar as residências. “Pelo menos 120 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. Em alguns locais só é possível ter acesso com uso de barco. As residências afetadas pela água vão ser avaliada para saber quais estão em condições de abrigar novamente os moradores”.

Segundo o prefeito, o município possui grande quantidade de barragens, usadas para auxiliar o cultivo do café, mamão e outros itens do pólo de fruticultura desenvolvido da região. “Algumas barragens são muito antigas, construídas há 20 anos. Grande parte é licenciada”.

Jones Cavaglieri destacou ainda que a BR 101, na altura de Jacupemba continua interditada e que há um desvio sem que motoristas precisam contornar por Colatina. Pelo trevo de Ibiraçu é possível acessar a localidade de Barra do Riacho, que dá acesso a essa estrada alternativa. Segundo o prefeito em exercício, trata-se de uma via de chão batido de 30 quilômetros de extensão, que dá acesso a BR 101 pelo município de Linhares.

Defesa Civil avalia estragos

O coordenador da Defesa Civil Estadual, major André Có, que técnicos percorrem os locais afetados para avaliar os prejuízos causados pelo alagamentos de localidades de Aracruz. Ele revelou que a maioria das barragens do município são clandestinas. “Não se sabe se as barragens foram construídas respeitando os aspectos técnicos. Quando a água ultrapassa um nível de perigo, ela não suporta. Acredito que não eram licenciadas”.

O major disse ainda que há muito trabalho a fazer. “O trabalho é muito difícil e há muito o que fazer mesmo. Por isso, as equipes da Defesa Civil contam com auxílio da Secretaria de Agricultura, do Instituto Estadual do Meio Ambiente e de equipes da prefeitura do município”.

André Có também disse que a Defesa Civil encaminhou às prefeituras do Estado sugestões de medidas para evitar deslizamento de encostas, rompimentos de barreiras e campanhas de conscientização.


 


 


Redação Gazeta Rádios e Internet

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