Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostrou que 94% das adolescentes não consomem cálcio em quantidade suficiente. O consumo diário médio ficou em 698 mg/dia da substância, quando o ideal é de 1300 mg/dia. Um adulto precisa de um pouco menos: 1000 mg/dia são suficientes. O estudo avaliou cem adolescentes do sexo feminino de 10 a 19 anos de idade, de classes sociais variadas.
A nutricionista Elaine Cristina, organizadora da pesquisa, também constatou que 75% destas meninas pulam algumas refeições na esperança de perder alguns quilos. “Elas costumam deixar o café da manhã de lado, o que é um grande erro. Esta refeição oferece boa parte do cálcio que poderíamos obter durante o dia, em alimentos como leite, iogurte e queijo”, diz.
Em contrapartida, as adolescentes exageravam nas bolachas, no pão francês, na margarina e no queijo amarelo, ricos em gordura. E elegeram o refrigerante como sua bebida predileta, que além de não ajudar, atrapalha na construção de ossos fortes.
“Refrigerantes contêm muito fósforo, uma substância que funciona como uma espécie de solvente para os ossos”, explica o reumatologista Rick Adachi, professor da McMaster University em Hamilton, Ontario, no Canadá.
“O ácido fosfórico presente nesses refrigerantes a base de cola levam à excreção de cálcio, assim como a ingestão excessiva de proteína, principalmente da carne. Pessoas que fazem esse tipo de alimentação têm mais tendência a ter cálculos renais, osteopenia e osteoporose no futuro”, avalia a nutricionista Nilcéia Godoy Mendes, de Londrina.
Folha de Londrina